O Google anunciou o fim de duas iniciativas: o Google Health, para registros de saúde, e o Google PowerMeter, para registros de consumo de eletricidade de unidades consumidoras. Ambos eram projetos em sintonia com dois temas bem atuais, que são as discussões em torno da elevação dos custos de saúde (e como a tecnologia pode ajudar neste sentido) e as redes inteligentes de energia, as "Smart Grids" (com uso intensivo de telecomunicações e tecnologia da informação). Esta última, inclusive, acompanha o clamor da humanidade nos dias de hoje por um desenvolvimento mais sustentável, com menor agressão ao meio ambiente.
Restringindo-se a temática deste blog, Matt Maupin postou no blog da Freescale sobre o fim do Google PowerMeter, alegando-se desapontado com o fim desta iniciativa, mas não surpreso com a notícia, haja vista que este projeto, na sua plenitude, exigiria a obtenção de dados dos consumidores a partir das bases de dados das concessionárias, que por sua vez não estão preparadas para tal integração. Além disso, alega a questão do valor dos dados que seriam entregues a Google, justificando a negação destes dados com a visão que as concessionárias tem dos seus consumidores de energia como "pagadores de tarifas" e não como "clientes", com direito a acesso aos seus dados de consumo (como ocorre na telefonia, por exemplo).
Apesar de não discordar da visão deste autor, penso que esta desistência vai além disto, como o temor de a Google sofrer nos tribunais sob suspeita de formação de monopólio (ou mania de dominar o mundo), como pode ser verificado neste post. Afinal, com esta lista de inimigos, porque fortalecer este rol com as gigantes da área de energia e saúde?
Como se verifica, não bastam apenas ter tecnologias disponíveis, assim como boas intenções...
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