O Paraguai, assim como os países vizinhos do cone sul latino americano, formado por Bolívia, Chile, Argentina e Uruguai, utiliza como padrão a frequência de 50 Hz. Assim, tendo metade da energia gerada por Itaipu dividida com este país, a questão da frequência de geração foi uma (das muitas) questão polêmica envolvendo este empreendimento. Fato é que sendo o Brasil o país que fez o maior aporte financeiro da obra e o maior consumidor da energia gerada, a solução mais prática seria o Paraguai alterar seu padrão de frequência.
Contudo, por pressão política, o povo paraguaio considerava esta questão de supremacia nacional, não se submetendo ao desejo brasileiro. Além disso, havia a intenção de se construir outro empreendimento conjunto com a Argentina, cuja mudança afetaria a viabilidade econômica desta. Assim, Itaipu terminou com a geração dividida em dois padrões de frequência, a brasileira em 60 Hz e a paraguaia em 50 Hz. Como pelo acordo binacional já estabelecido versava que a energia de sobra no Paraguaia seria vendida ao Brasil, este último teve de arcar com a construção de uma estação retificadora, transmitindo em corrente contínua até próximo do maior centro de consumo do país, onde então uma subestação inversora a transforma novamente na modalidade alternada em 60 Hz, pronta para ser transmitida e distribuída aos consumidores brasileiros. Esta necessidade fez com que o Brasil tenha a linha de mais alta tensão em corrente contínua e a de maior potência nesta modalidade de transmissão.
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