Este post não tem muito a ver com a temática deste blog, mas porque hoje é sexta resolvi variar um pouco.
Ontem, curiosamente, dois fatos ocorridos me remeteram à falta de privacidade proporcionada pela solução de moradia conhecida por "apartamento". Durante uma conversa, contei a um grupo de amigos sobre um antigo seriado da Sony, cujo personagem principal era um médico ranzinza (atenção: não é o Dr. House!) que morava sozinho num apartamento. Os vizinhos de cima costumavam transar frequentemente, fazendo muito barulho. O tal doutor se irritava com aquilo, pegando uma vassoura, batendo-a contra o teto e berrando: "Hei, você não é tão bom assim!". Em outra ocasião, embora não seja algo comum de acontecer, mas ontem me lembrei do fato de que a varanda do apartamento onde moro fica próximo à guarita de vigilância do prédio.
Aí os leitores me perguntam: o que isso tem a ver com o título do post? É que acabei ouvindo a conversa entre um dos vigilantes e um conhecido dele. Este vigilante é metido em lutas de vale-tudo, competindo no circuito local deste gênero. Então ele mencionava, durante o diálogo, que "os eventos locais estavam pagando para os vencedores algo em torno de R$ 600,00 a 800,00", o que ele considerava inviável de participar, pois, caso viesse a tomar "um soco bem aplicado na boca", por exemplo, só o tratamento iria demandar uns R$ 2.000,00.
Achei interessante o ponto de vista do vigilante-lutador. Apesar de, como já mencionava o grande mestre Hélio Gracie, que "os esportes de luta não são para homens inteligentes", mesmo nesta atividade os ganhos com as iniciativas tem de justificar os custos e riscos envolvidos. Uma bela lição de gerenciamento de projetos e atitude empreendedora: qualquer empreitada na vida deve começar por sua viabilidade financeira, embora ela não deva ser o único quesito.
Para encerrar a série de temas "off-topic", penso que um item que tende a ser bem-sucedido no mercado automobilístico nacional é o "câmbio automático ou automatizado". Com a infraestrutura deficitária das capitais e grandes cidades e o descaso dos governantes com políticas públicas de mobilidade (como investimentos em transporte coletivo eficiente), este item alivia o sofrimento do motorista que vai enfrentar o caótico e congestionado trânsito. Podem apostar no sucesso deste acessório, ele se tornará cada vez mais comum, promovendo mais uma mudança de paradigma no conceito do carro nacional, como foi a mudança de duas para quatro portas.
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