segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Museus Virtuais

No último sábado (22/02) estive na segunda exibição dos Museus Virtuais de Arte, como parte da Maratona Cultural de Floripa. Não pude deixar de conferir esta segunda parte, que tratou principalmente da arte barroca e do impressionismo, depois de ter participado a um mês atrás da primeira mostra, que versou principalmente na arte clássica e renascentista.

O evento, que ocorre no auditório do Sapiens Parque, usa a plataforma do Google Art Project, que congrega as tecnologias do Google Earth, Street View e outras tecnologias interativas para viabilizar um passeio sobre museus de arte em todo o mundo que disponibilizam seus acervos. É apresentado pelo Cláudio Toscan Jr, artista plástico e professor de artes, o que faz toda a diferença, a despeito de o Google Art Project estar disponível para qualquer um com acesso a Internet. Lembro-me de um executivo sênior da empresa onde trabalho se queixar de ter tido a oportunidade de visitar todos os grandes museus de arte do mundo e que tais passeios na época não fizeram o menor sentido ou não tiveram a menor relevância. E hoje, tendo conhecimento da história por trás de cada quadro, por intermédio de outros meios, arrepende-se das oportunidades perdidas. Isso me faz refletir a importância do papel do professor no processo de aprendizagem: em um mundo cada vez mais pleno de informação de fácil acesso, sem um devido ator que nos oriente acerca do consumo desta informação e transformação disto em conhecimento e sabedoria, é grande a chance disto se tornar sem grande utilidade.

Interessante é que conheço o Cláudio antes destes eventos, uma vez que ele joga bola com meu irmão a um bom tempo. No passado eu participa destes jogos com mais frequências, levados pelo meu irmão, mas atualmente ficou inviável participar mais ativamente. Assim, quando meu irmão me convidou para ir às apresentações, foi muito engraçado e surpreendente ver aquele cara que jogava bola contigo fazendo uma explanação sobre arte plástica.

A primeira exibição que ocorreu em janeiro foi um passeio virtual pela Galeria Uffizi, em Florença, abordando as obras de Michelangelo, Boticelli, Rafael e Da Vinci, terminando no Museu de São Petersburgo. Chamou-me a atenção a arte sacra deste período e o retrato de figuras importantes da renascença, como os mecenas. No museu Hermitage de São Petersburgo, o que me impressionou foram as esculturas clássicas presentes neste espaço.

Madona del Cardellino, de Rafael. O que me impressionou neste quadro é a história do passarinho nas mãos do menino Jesus.

O Batismo de Cristo, de Verrocchio e Da Vinci. Saberia dizer em que parte deste quadro o discípulo superou o mestre?

A segunda, iniciou-se no RijksMuseum em Amsterdã, casa hospedeira dos grandes artistas holandeses como Rembrandt e Vermeer, o que nos remeteu ao estilo barroco e todos os detalhes no uso da luz e das típicas cenas do cotidiano retratadas nestas pinturas, inspirando pintores como Van Gogh. Em seguida, passou-se pelo Museu d'Orsay, em Paris, palco dos impressionistas como Monet, Renoir, Manet, Cezanne e outros. Por fim, a arte americana foi rapidamente exibida na visita ao Smithsonian, em Washington, com a galeria dos presidentes americanos e o retrato dos esportes e atletas pintados por artistas daquele país.

Ronda Noturna, de Rembrandt. Há um fantasma ligado ao autor nesta pintura.


Ainda bem que não estive nestes museus anteriormente, agora me sinto preparado para visitá-los.

Espero poder estar presente na última exibição aberta dos Museus Virtuais, que ocorrerá no dia 22/03, às 19 horas no mesmo local, tendo como tema a arte contemporânea e brasileira. Programação cultural imperdível! Vale lembrar que estes eventos são gratuitos.

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