segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Força eletrostática transforma fitas em garra robótica

Força eletrostática transforma fitas em garra robótica: As garras moles e flexíveis usam a eletroadesão para segurar objetos de qualquer formato.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O Primeiro Grande Sistema Embarcado

O blog Embarcados publicou um post sobre O Primeiro Grande Sistema Embarcado. Trata-se do AGC, ou Apollo Guidance Computer, desenvolvido pelo MIT e fabricado pela Raytheon.







O artigo detalha uma série de detalhes técnicos sobre este sistema, sendo bem interessante sua leitura. Todavia, complementando o post, o desenvolvimento do AGC estava atrelado ao desenvolvimento de um sistema de navegação inercial, sistema este que, baseado nas equações dinâmicas do movimento (Leis de Newton) obtém o posicionamento ou coordenadas geográficas de forma totalmente independente, diferenciando-se assim de outros sistemas de navegação assistidos por um sinal de rádio, como o VOR ou o GPS/NAVSTAR. A motivação dos americanos pela realização de um sistema de navegação que não dependesse de qualquer sistema externo advinha do temor que a missão Apollo pudesse sofrer algum tipo de boicote pelos soviéticos que levasse ao fracasso da missão, numa época em que a corrida espacial e armamentista estava muito acirrada. Até então, os sistemas de navegação que dependiam de sinais de rádio poderiam sofrer algum tipo de interferência imposta que anulassem sua eficácia.



Esta história pode ser confirmada assistindo-se o seguinte vídeo do Prof. Battin, do MIT, um dos envolvidos neste projeto:









Este vídeo é a aula introdutória da disciplina Astrodynamics, ministrada pelo próprio Prof. Battin e disponibilizada pelo Opencourseware do MIT neste link:



http://ocw.mit.edu/courses/aeronautics-and-astronautics/16-346-astrodynamics-fall-2008/index.htm

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Microwave Weapon

Se você tem aquele vizinho mala que toca funk ou calipso o dia (e a noite) inteiro, seus problemas acabaram! Com um forno de microondas descartado, mais ainda em funcionamento, é possível interferir e até destruir outros equipamentos eletrônicos à distância.

Veja o vídeo:


terça-feira, 15 de julho de 2014

Uso de telecom na Copa

O site Teleco acabou de divulgar dados de utilização dos recursos de telecom durante a Copa do Mundo Brasil 2014: teleco.com.br



Minha experiência pessoal durante a Copa não foi boa em relação aos períodos em que não houve o evento. O 3G estava com taxa bem abaixo do usual. Tive alguns tweets que não puderam ser postados por problemas de congestionamento. Minha impressão é que as Operadoras pareciam limitar o tráfego nas cidades que não eram sede dos jogos, a fim de privilegiar banda para estas localidades.



E você, o que acha? Poste seu comentário!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Home | OpenEnergyMonitor

Olá a todos!



Faz um tempo que não posto algo. Também pudera: aulas, final do semestre, copa do mundo, ...



Mas nunca é tarde para compartilhar algum conhecimento ou boas referências. Estava vendo este vídeo postado no Blog Barata Elétrica Ezine:


Quando o palestrante fala sobre o projeto Open Energy Monitor. Como o próprio sítio define, é um projeto para desenvolver ferramentas de monitoramento de energia de código aberto para nos ajudar quanto a nossa utilização da energia elétrica, nossos sistemas de energia ou no nosso desafio por uma energia sustentável. No link abaixo você terá mais informações, que creio ser de interesse para quem busca algumas iniciativas nas áreas de energia, sustentabilidade, smart grids, etc.

Home | OpenEnergyMonitor

domingo, 27 de abril de 2014

Passagem de Eletrodutos e Fiações dos Circuitos em Projeto Elétrico

A foto abaixo foi tirada na aula de Instalações Elétricas Prediais ministrada para a 9ª fase do curso de Engenharia Civil, campus Pedra Branca, da Unisul.


Trata-se de uma planta baixa pequena, extraída do livro de Domingos Leite Filho, Projeto de Instalações Elétricas Prediais, que usamos para fins didáticos no ensino das etapas de desenvolvimento de um projeto elétrico residencial. Tal planta permite que desenvolvamos o projeto de forma suscinta, passando os conceitos no intervalo das horas-aula prevista para a disciplina.

Destaco o uso em sala de aula da técnica de projetar a planta na lousa, o que permite desenvolvermos, com a participação dos alunos, uma proposta para locação dos pontos da instalação, passagem dos eletrodutos e da fiação dos circuitos pelos mesmos.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

O que é um LIDAR?

O LIDAR, ou Light Detection & Ranging, é uma das formas mais exatas para mensurar o ambiente ao redor. Pelo fato de a luz possuir menores comprimentos de onda, ela pode decifrar objetos maiores com uma resolução mais elevada que um sonar ou radar. Além disso, a maioria dos objetos em um ambiente comum reflete bem a luz, mas não necessariamente reflete as ondas sonoras ou sinais com comprimentos de onda maiores. Isso torna o LIDAR extremamente versátil para sensoriamento autônomo a curtas distâncias e também ideal para sistemas de robótica, como veículos não tripulados. O LIDAR propicia a robótica com uma solução multifuncional e com dimensão relativamente pequena para sensoriamento de ambiente.
O LIDAR é uma tecnologia de sensoriamento remoto que utiliza o atraso em tempo e as propriedades de dispersão dos pulsos de laser refletidos para identificar as características dos objetos ao redor. Muito semelhante a um radar, um laser ou conjuntos de lasers rotacionam e realizam uma varredura em uma área para adquirir medições. Com base no tempo de atraso entre o momento em que um pulso de laser é enviado e o momento em que ele é refletido de volta, a distância e o formato de um objeto podem ser detectados. As características de dispersão de um pulso de laser refletido podem ser analisadas de acordo com as densidades dos materiais, as temperaturas e a velocidade.


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Estudo e aplicação das linhas de transmissão - Saber Eletrônica Online

Curiosamente, ontem terminamos a parte referente a Linhas de Transmissão na disciplina de Ondas & Antenas do curso de Engenharia Elétrica da Unisul. Ao verificar os meus emails após a aula, recebi newsletter da Saber Eletrônica nos brindando com um artigo a respeito do tema (link abaixo).



Estudo e aplicação das linhas de transmissão - Saber Eletrônica Online



Claro que não explora com o nível de profundidade com que abordamos o tema em sala de aula, mas sua leitura é uma boa sugestão para uma noção mais abrangente do assunto, bem como para o (nem tanto) leigo.

terça-feira, 15 de abril de 2014

#LuaSangrenta

Na madrugada de segunda para terça estava previsto o eclipse total da lua, conhecido por "Lua Sangrenta". Esta denominação se deve ao efeito da dispersão da luz solar incidente sobre a lua quando da ocorrência do eclipse, deixando passar apenas os comprimentos de onda referentes ao vermelho, deixando a superfície lunar com este tom.
No intervalo da aula de Sistemas Digitais e Processamento de Sinais, por volta das 20:30, olhei para o céu e o mesmo estava completamente encoberto. Temi pela impossibilidade de observar o fenômeno. Contudo, ao finalizar esta aula, às 22:15, a noite abriu completamente, o que deu novo alento para a tentativa de observar este raro fenômeno da natureza. Coloquei assim o despertador para as 3 da manhã, torcendo para que o céu permanece assim, viabilizando testemunhar tal espetáculo.
Despertador toca. Levantei ainda muito sonolento, consultei o App para Iphone Sky Map para averiguar a localização da lua e assim me dirigi a sacada do prédio. Estava friozinho, mas o que observei foi isto:


Embora a foto não permita notar, o eclipse havia começado! Era uma pequena mancha negra em uma das bordas da esfera lunar.

Por volta das 03:50, o aspecto do fenômeno estava assim:



Como o ápice do eclipse estava previsto para as 04:06, resolvi passar um pouco mais de frio e o resultado não pode ser exprimido com palavras:


Embora as fotos não permitam, mas ao vivo é muito mais bonito e assustador. Fico grato pela oportunidade de observar este espetáculo que, curiosamente, não o vi sendo testemunhado por um número maior de vizinhos. Eu ali, praticamente solitário, em total harmonia com o universo, contemplando o que a natureza nos presenteia somente em momentos muito especiais.

Valeu a pena o sono perdido.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Ferramentas Online de Projeto e Simulação

O Blog Electrical Technology (inglês) publicou uma lista de programas online para projeto e simulação de circuitos eletrônicos (à la PSPICE), comentando a respeito das características dos mesmos (free ou pago, necessidade de registro, etc.). Para acessar o post, clique no link abaixo:



10+ Design & Simulation Tools for Electrical/Electronics Engineers Online - Electrical Technology

quarta-feira, 9 de abril de 2014

O que é ASU?

Durante o tempo em que fui funcionário da Dígitro, fazia uma "ponta" no curso de Inteligência de Sinais promovido pela Academia da referida empresa, onde explanava para um público formado por agentes policiais e delegados de diferentes instituições de segurança pública do país sobre a temática da geolocalização de aparelhos celulares, tão importante na investigação de diversos tipos de atividade criminosa. Uma das coisas que demonstrava neste curso era como obter as coordenadas geográficas do aparelho a partir da medição dos níveis de potência recebido por pelo menos 3 ERBs, técnica conhecida por trilateração de potências. Então, mostrava como esta informação poderia ser obtida de um aparelho com SO Android, seguindo os seguintes passos:

Vá em "Configurações" e em seguida "Sobre o Telefone", aparecendo a seguinte tela:


Clique na opção "Estado":


Observe o indicador "Intensidade do sinal", onde é exibida a informação em dBm e asu. Para o caso do Apple Iphone, a obtenção desta informação depende do acesso ao aplicativo oculto "Field Test", que pode ser acessado discando-se para o número *3001#12345#*. Neste caso, observe que a barra de sinal no canto superior esquerdo da tela é substituído pelo valor do nível de sinal (em dBm) recebido pela ERB onde o celular está acampado, como na figura abaixo:


Caso queira obter o nível de potência de ERBs adjacentes, o que viabiliza o cálculo da trilateração de potência, é só ir navegando pelas opções UMTS Cell Environment ou GSM Cell Environment, dependendo se o seu Iphone está usando 3G ou GSM.

Mas voltando ao caso do Android, esta informação do nível de potência também pode ser obtida por aplicativos que podem ser baixados pelo Google Play. Entretanto, chamo a atenção para ao fato de o Android exibir nativamente o nível de potência nas unidades dBm e asu. Quanto a esta última unidade, nunca dei muita bola para ela, pois o fato de ser apresentado em dBm já me satisfazia. É como se recebêssemos uma informação no SI (metros, por exemplo) e outra no sistema britânico (pés), usualmente por trabalharmos no SI ignoramos a interpretação da medida em outro sistema métrico. O velocímetro do meu carro, por exemplo, dá a informação de velocidade em km/h ou mph, mas na hora de passar pelo sensor de velocidade dos pardais, você não vai se guiar pela informação em mph, não é mesmo?

Todavia, o Fernando Stock, funcionário da Automatiza e meu aluno no curso de engenharia elétrica na Unisul, procurou-me ontem e retomou o assunto sobre nível de potência e a informação de asu no Android. Fui sincero e comentei que não sabia sobre a asu. Então ele pesquisou e me presenteou com uma mensagem de e-mail com a definição desta unidade, o qual compartilho neste post. Esta definição é dada pela wikipedia em inglês, o qual traduzo a definição abaixo.

A ASU ou Arbitrary Strength Unit (unidade de potência arbitrária) é um valor inteiro proporcional ao nível de potência recebido por um celular. É possível calcular o nível de potência em dBm (e por tabela em Watts) a partir de uma equação. Entretanto, tais fórmulas são diferentes quanto ao tipo de rede, se 2G ou 3G.

Em redes GSM (2G), o ASU é igual a métrica RSSI. A fórmula para conversão é:

dBm = 2 x ASU - 113

onde ASU está na faixa de 0 a 31 e 99 (para o caso de desconhecido ou não detectado)

Já para redes UMTS (3G), ASU equivale a métrica nível RSCP, cuja conversão é:

dBm = ASU - 116

com ASU entre -5 a 91 e 255 (para o caso de desconhecido ou não detectado)

Por fim, em redes LTE, ASU equivale ao nível RSRQ, podendo ser convertido por:

dBm = ASU - 140

onde ASU na faixa de -10.

Deve-se tomar o cuidado para não confundir a sigla ASU com a mensagem de sinalização "Active Set Update" usada em procedimentos de handoff em padrões de rede UMTS ou CDMA.

Disto tudo, concluo que é melhor continuar obtendo e interpretando o nível de potência no bom e velho dBm.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

terça-feira, 1 de abril de 2014

Tocador de Vinil de Papel - Incrível!

Particularmente sou um entusiasta de dispositivos que usam recursos simples para oferecer algo mais sofisticado, como carregadores manuais de bateria ou rádios galena. Aliás, sobre este último, comentava com meus alunos de Ondas & Antenas sobre esta maravilha, que eles desconheciam.

Porém, fiquei muito chocado ao descobrir este tocador de discos de vinil feito com papel e agulha:




Quem ainda tiver um vinil e quiser experimentá-lo, as instruções para construção se encontram aqui.

quarta-feira, 26 de março de 2014

RF Academy

A National Instruments está disponibilizando a "Academia RF", com tutoriais para aprendizado de conceitos relacionados a medidas em RF, tecnologias wireless e tópicos sobre o futuro como envelope tracking e redes 5G (isso mesmo, 5G!). Apresentamos abaixo uma pequena introdução do que é esta iniciativa:




O link abaixo dá acesso ao projeto:

RF Academy - National Instruments

domingo, 23 de março de 2014

Blogs sobre Sistemas Embarcados

Tenho encontrado uma série de blogs interessantes que tratam do desenvolvimento de sistemas embarcados. O primeiro, do Sérgio Prado (www.sergioprado.org) foi uma inusitada descoberta a partir de uma sugestão feita pelo meu irmão, que também é engenheiro eletricista.

Através deste blog cheguei ao Embarcados (www.embarcados.com.br) e me apaixonei pelos seus artigos e qualidade técnica. Lá encontrei, dentre outras coisas, um artigo sobre Rádio Definido por Software e outro sobre controle PID em sistemas embarcados, versando sobre um interessante controlador deste tipo baseado em open source hardware, conhecido como osPID.

O vídeo abaixo exibe o uso deste controlador em um prato, cujo objetivo é manter uma esfera em equilíbrio na superfície deste prato:


Como a blindagem pode ajudar a minimizar ruídos

Além do artigo sobre controle PID publicado pela Mecatrônica Atual e divulgado neste blog, outro interessante artigo diz respeito à blindagem, assunto pertencente ao escopo da compatibilidade eletromagnética, que é dor de cabeça aos engenheiros:

Como a blindagem pode ajudar a minimizar ruídos - Mecatrônica Atual :: Automação industrial de processos e manufatura

quarta-feira, 19 de março de 2014

Série sobre Controle: Explicando a Teoria PID

Continuando com a nossa série de artigos sobre a teoria do controle, publicamos aqui artigo da revista Mecatrônica Atual sobre os famosos controladores PID:

Explicando a Teoria PID - Mecatrônica Atual :: Automação industrial de processos e manufatura

Diagrama típico de um sistema em malha fechada

Característica da resposta temporal de um sistema a uma entrada tipo degrau

Diagrama estrutural de um controlador PID

Controlador PID aplicado à aquisição de sinais implementado via ferramenta CASE NI LabView


domingo, 16 de março de 2014

Exposição Santo Sudário

Acontece no Floripa Shopping uma exposição bem interessante sobre o Santo Sudário.

Réplica do Santo Sudário


Trata-se de uma exposição bem interessante, não restrito apenas à questão religiosa, mas com um retrospecto sobre toda a investigação científica realizada no sentido de se confirmar sua autenticidade. Tem a ver inclusive com técnicas de processamento de imagens aplicadas na obtenção de dados do sudário.


A exposição fica lá até o dia 21 de abril.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Catálogo da Agilent

Quem se interessar por instrumentos de bancada, divulgamos aqui um link para baixar o catálogo da Agilent.


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Sobre Motivação

Meu colega de trabalho Fernando Mangold compartilhou no LinkedIn um interessante post com um vídeo de uma apresentação de Dan Ariely no TED com o título "O que nos faz se sentir bem em nosso trabalho?" o qual disponibilizo abaixo. Antes mesmo de tomar ciência deste vídeo, já conhecia o trabalho de Dan, pois li seu livro Previsivelmente Irracional, da editora Elsevier, assim que ele foi lançado em língua portuguesa. Fantástica leitura que me motiva a consumir todo e qualquer material produzido por este autor, levando-me a não hesitar em compartilhar este vídeo com vocês:



Caso não consiga visualizá-lo, clique neste link http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/dan_ariely_what_makes_us_feel_good_about_our_work.html

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ditadura da Bicicleta

Embora o post de hoje não seja algo relacionado à temática deste blog, não resisti, na função de educador, de abordar o tema.

Já desisti do brasileiro faz tempo. Tanto que aqui qualquer ato de civilidade é a exceção, não a regra, como podemos constatar o efeito midiático quando se pratica uma ação generosa, honrada ou honesta. Fato é que ainda somos como silvícolas em uma terra de riqueza e aparente modernidade. Do brasileiro eu espero tudo de ruim, principalmente na convivência diária e particularmente em suas atitudes no trânsito. Adoro dirigir por estradas vazias (o que é raro nestes tempos), pois se avizinhamos um outro condutor, dele só espero uma "fechada", o desrespeito à sinalização e às regras de conduta no trânsito, a postura excessivamente agressiva e até a falta de gentileza em compreender as dificuldades dos outros, pois não temos o verdadeiro senso da coletividade, o que vale aqui é a Lei de Gérson, aquela de tirar vantagem em tudo, certo? Observo inclusive que atualmente não há, na prática, lei de trânsito para motociclistas, pois os mesmos podem fazer o que quiserem, desde andar em cima da guia, fazer a conversão em canteiros e até circular na contramão.


Por isso, durante algum tempo fui simpático ao movimento em torno da expansão da bicicleta como um meio de transporte sadio e sustentável, jamais compreendendo a inoperância de nossos governantes em promover esta opção como uma alternativa para os problemas da mobilidade urbana, através da implantação ou aumento da quantidade de ciclovias, para citar uma só medida. De uma certa forma, tal simpatia resgata um pouco a relação deste meio com minhas origens familiares, uma vez que meu avô foi, senão o primeiro, um dos pioneiros a ter uma bicicleta entre os moradores do bairro Estreito. Inclusive, lá pelos anos 50, ele já descia o morro da Lagoa com esta bicicleta, que não possuía sistema de frenagem, obrigando-o a amarrar ao quadro da bicicleta galhos de árvores que promoviam o necessário atrito com a estrada (na época de chão batido), limitando a velocidade de descida. Contudo, alguns testemunhos me fizeram a repensar minha simpatia e adesão a este movimento.

Nos finais de tarde de verão, costumo caminhar pela beira mar continental do bairro Estreito, em Florianópolis, onde há uma ciclovia. Muita gente frequenta este espaço nesta época do ano, o que dificulta a própria movimentação pelo calçamento. Tanto que muitos frequentadores preferem ocupar, alternativamente, a ciclovia, principalmente praticantes de skate, patinete e outros meios. Outra classe que habitua usar a ciclovia são os corredores, pois é complicado sustentar o ritmo, tendo de desviar a todo momento dos transeuntes na calçada. Ou seja, a ciclovia, embora destinada primariamente para o trânsito das bicicletas, é um espaço público compartilhado, onde as regras da boa convivência e do respeito devem prevalecer, a exemplo do que deveria ocorrer com as pistas empregadas pelos veículos automotores, como muito tem sido reivindicados pelo movimento dos ciclistas.

Todavia, para minha surpresa e indignação, testemunhei várias vezes os ditos "ciclistas" ameaçarem ou constrangerem outras pessoas que se utilizam da ciclovia para se locomover, principalmente os corredores que ocupam este espaço, como se fossem por direito usuários exclusivos da pista. Muitas vezes tais atitudes desrespeitosas ocorrem em "hordas de ciclistas", estes bandos que mais estão para os "Hell Angels" do que para gente civilizada, pois, ao invés de reduzir a velocidade e ultrapassar os outros usuários, num gesto de boa convivência e respeito, lançam as suas mais desaforadas agressões verbais, de forma coletiva, talvez por se sentirem muito prejudicados pela separaração de sua gangue, mesmo que por uma ínfima fração de tempo. Mas o ápice de tal comportamento repulsivo aconteceu comigo mesmo, hoje.

Já a algum tempo, adotei a corrida como um meio de manter uma atividade física regular. E o faço às 6 horas da manhã, todos os dias, na mesma beira mar do Estreito, por conta de ser o único espaço possível na minha agenda para a realização de tal atividade. Também é o horário onde há um número bem reduzido de pessoas, o que facilita a locomoção sem maiores problemas, diferentemente de períodos mais frequentados, como os já mencionados finais de tarde. Além disso, as pessoas que habituam frequentar o horário por mim adotado são normalmente as mesmas, predominantemente mais velhas, imperando o respeito e uma certa cumplicidade. Cumprimentos como "bom dia" são comuns entre os frequentadores, inclusive entre pedestres e ciclistas. E embora haja bastante liberdade para correr na calçada, ainda assim prefiro correr pela ciclofaixa, pois esta é asfaltada, o que confere maior conforto e rendimento para a atividade. Quem corre sabe que nosso calçamento é inadequado, pois dá maior impacto e possui uma rugosidade inapropriada. Adicionalmente, no horário adotado, a ciclovia é raramente ocupada, permitindo utilizá-la sem conflitos. Ainda assim, procuro correr muito próximo ao canteiro, o que permite a passagem de até dois eventuais ciclistas paralelamente, sem comprometimento da segurança.

Qual a minha surpresa, durante certo trecho da minha corrida matinal, próximo à ponte Hercílio Luz, ao sofrer uma reprimenda de um certo cidadão ciclista, dizendo para "eu correr na calçada, respeitando a ciclovia", num tom típico de um discurso acéfalo ensaiado de quem quer se passar como "moderno". Provavelmente deve ter passado horas ensaiando tal pensamento, copiado de algum site de movimento ciclista. O mais inusitado, no entanto, é que o dito cidadão vomitou sua frase progressista não exatamente da referida ciclofaixa, pois estava se deslocando em sua bicicleta na pista destinada aos automóveis! Ia justamente retrucar o "ciclista do mês", orientando-o a "pedalar na ciclovia, respeitando os automóveis". Porém, cruzamos em sentido contrário, sendo que o mesmo se afastou a tempo de não ser possível receber minha réplica.

Minha reflexão acerca deste e de outros episódios similares me levaram então a reconsiderar estes movimentos do tipo "vá de bike". Já vi entrevistas de representantes destes grupos, o que sempre me passaram a impressão que estes movimentos são cerceados por um certo fundamentalismo. E a dura realidade testemunhada e sofrida na própria carne só reforça este ponto de vista, onde a bicicleta está acima de tudo, inclusive do respeito ao próximo. Para piorar, há a cultura média do brasileiro. Talvez ainda não estejamos preparados como povo para a adoção maciça dos avanços obtidos por outras sociedades civilizadas, por conta da negligência de inúmeras gerações de governantes no que diz respeito à priorização da educação em suas agendas, somada a perda crescente dos valores familiares e uma certa promoção cultural equivocada, tanto pela mídia quanto pelo ente público, que deveriam se preocupar em transmitir bons fundamentos a um povo muito vidrado nas novelas e nos BBBs e pouco nos livros. Então, talvez seja inoportuno gastar dinheiro público com ciclovias, até que a população esteja devidamente educada para aproveitar de tais benesses em sua plenitude.

Afinal, o problema não é das bicicletas. O problema do Brasil é o brasileiro.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Museus Virtuais

No último sábado (22/02) estive na segunda exibição dos Museus Virtuais de Arte, como parte da Maratona Cultural de Floripa. Não pude deixar de conferir esta segunda parte, que tratou principalmente da arte barroca e do impressionismo, depois de ter participado a um mês atrás da primeira mostra, que versou principalmente na arte clássica e renascentista.

O evento, que ocorre no auditório do Sapiens Parque, usa a plataforma do Google Art Project, que congrega as tecnologias do Google Earth, Street View e outras tecnologias interativas para viabilizar um passeio sobre museus de arte em todo o mundo que disponibilizam seus acervos. É apresentado pelo Cláudio Toscan Jr, artista plástico e professor de artes, o que faz toda a diferença, a despeito de o Google Art Project estar disponível para qualquer um com acesso a Internet. Lembro-me de um executivo sênior da empresa onde trabalho se queixar de ter tido a oportunidade de visitar todos os grandes museus de arte do mundo e que tais passeios na época não fizeram o menor sentido ou não tiveram a menor relevância. E hoje, tendo conhecimento da história por trás de cada quadro, por intermédio de outros meios, arrepende-se das oportunidades perdidas. Isso me faz refletir a importância do papel do professor no processo de aprendizagem: em um mundo cada vez mais pleno de informação de fácil acesso, sem um devido ator que nos oriente acerca do consumo desta informação e transformação disto em conhecimento e sabedoria, é grande a chance disto se tornar sem grande utilidade.

Interessante é que conheço o Cláudio antes destes eventos, uma vez que ele joga bola com meu irmão a um bom tempo. No passado eu participa destes jogos com mais frequências, levados pelo meu irmão, mas atualmente ficou inviável participar mais ativamente. Assim, quando meu irmão me convidou para ir às apresentações, foi muito engraçado e surpreendente ver aquele cara que jogava bola contigo fazendo uma explanação sobre arte plástica.

A primeira exibição que ocorreu em janeiro foi um passeio virtual pela Galeria Uffizi, em Florença, abordando as obras de Michelangelo, Boticelli, Rafael e Da Vinci, terminando no Museu de São Petersburgo. Chamou-me a atenção a arte sacra deste período e o retrato de figuras importantes da renascença, como os mecenas. No museu Hermitage de São Petersburgo, o que me impressionou foram as esculturas clássicas presentes neste espaço.

Madona del Cardellino, de Rafael. O que me impressionou neste quadro é a história do passarinho nas mãos do menino Jesus.

O Batismo de Cristo, de Verrocchio e Da Vinci. Saberia dizer em que parte deste quadro o discípulo superou o mestre?

A segunda, iniciou-se no RijksMuseum em Amsterdã, casa hospedeira dos grandes artistas holandeses como Rembrandt e Vermeer, o que nos remeteu ao estilo barroco e todos os detalhes no uso da luz e das típicas cenas do cotidiano retratadas nestas pinturas, inspirando pintores como Van Gogh. Em seguida, passou-se pelo Museu d'Orsay, em Paris, palco dos impressionistas como Monet, Renoir, Manet, Cezanne e outros. Por fim, a arte americana foi rapidamente exibida na visita ao Smithsonian, em Washington, com a galeria dos presidentes americanos e o retrato dos esportes e atletas pintados por artistas daquele país.

Ronda Noturna, de Rembrandt. Há um fantasma ligado ao autor nesta pintura.


Ainda bem que não estive nestes museus anteriormente, agora me sinto preparado para visitá-los.

Espero poder estar presente na última exibição aberta dos Museus Virtuais, que ocorrerá no dia 22/03, às 19 horas no mesmo local, tendo como tema a arte contemporânea e brasileira. Programação cultural imperdível! Vale lembrar que estes eventos são gratuitos.

Desenvolvimento de ferramentas para aquisição, processamento e otimização de imagens acústicas - Mecatrônica Atual :: Automação industrial de processos e manufatura

Interessante artigo online publicado pela revista Mecatrônica Atual sobre a formação de imagens espaciais com o uso de sensores acústicos, aplicados a veículos aéreos não tripulados:



Desenvolvimento de ferramentas para aquisição, processamento e otimização de imagens acústicas - Mecatrônica Atual :: Automação industrial de processos e manufatura



Taí um belo tema de pesquisa na área de processamento de sinais. Inclusive tais princípios devem ter aplicações em sistemas diversos, tais como o Shot Spotter.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Veduca - Curso - Eletromagnetismo

O Veduca é uma empresa brasileira que se propõe a disponibilizar cursos universitários de universidades brasileiras (USP, Unicamp, ...) e estrangeiras (MIT, Stanford, Harvard, ...), tanto para auto-aprendizado quanto para obtenção de certificação (alguns dos cursos oferecidos possuem avaliações e emitem certificado), sendo a grande maioria gratuitos e alguns pagos.
Como sou cadastrado, recebi newsletter apresentando o mais novo curso gratuito sobre Eletromagnetismo, ofertado pela USP, o qual deixo o link abaixo para acesso:

Veduca - Curso - Eletromagnetismo

Basicamente, trata dos princípios básicos, restrito ao eletromagnetismo de baixas frequências (não envolvendo assim, os princípios das ondas eletromagnéticas). Abaixo, a aula introdutória, para degustação:




quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Curso a jato sobre Princípios de Controle

Para quem quiser uma visão geral sobre a teoria do controle de maneira rápida e simples, a National Instruments disponibilizou o artigo (acesso pelo link abaixo), baseado em sua série dedicada aos fundamentos da robótica, o qual já publicamos aqui no blog a parte 1 desta.



Leis de Controle - National Instruments

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Monopolos magnéticos quânticos são criados em laboratório

Importante ler atentamente o artigo para confirmar que a Lei de Gauss do Magnetismo continua válida, que monopolos magnéticos pertencem a um domínio bastante restritivo:



Monopolos magnéticos quânticos são criados em laboratório

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Como emburrecer alunos seguindo técnica de Antonio Gramsci.

Embora o expositor generalize alguns conceitos, como o uso da técnica de Gramsci em TODAS as universidades (pelo menos nas engenharias eu jamais vi tal comportamento), acho que é uma triste realidade, principalmente em muitas faculdades das chamadas ciências sociais.








quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Série sobre Fundamentos da Robótica: Parte 1 - National Instruments

Acredito que já escrevi algo sobre robótica, mas reitero aqui uma visão pessoal de que a robótica será o que a computação pessoal está sendo. Diria que estamos naquela era em que precisamos, mais do que avanços tecnológicos neste campo, precisamos de um pensamento inovador, que leve a robótica ao mesmo patamar que visionários como Jobs, Gates e outros levaram para o computador pessoal, algo amigável e acessível ao grande público.

Por isso compartilho aqui um link que creio ser uma boa introdução sobre o tema, disponibilizado pela National Instruments:

Série sobre Fundamentos da Robótica: Parte 1 - National Instruments

As competências em robótica vão além das boas habilidades em programação. Passa por uma visão entre muitas disciplinas, como conhecimentos em controle, sensores, inteligência artificial, mecânica, fontes de energia, dentre outras. Daí talvez resida um dos empecilhos pelos quais os robôs não estão mais presentes na vida moderna. o que temos são aplicações ainda muito restritas a situações intensivas em capital.

Por falar nisso, quem sabe uma preparação adequada das novas gerações rendam frutos? Creio que iniciativas como as apresentadas abaixo possam colaborar neste sentido:


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Transformer & Inductor Modeling with COMSOL Multiphysics - IEEE Spectrum

Posto abaixo para os interessados link para inscrições em um webinar promovido pela  IEEE Spectrum (que dispensa apresentações para os iniciados na Engenharia Elétrica) sobre modelagem de transformadores e indutores usando o COMSOL Multiphysics, que ocorrerá no próximo dia 13 de fevereiro, com duração de 60 minutos:



Transformer & Inductor Modeling with COMSOL Multiphysics - IEEE Spectrum



Não perca a oportunidade de aprender técnicas avançadas de projeto de dispositivos eletromagnéticos apoiados por ferramentas de simulação numérica.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Ceitec inicia produção de chip

A Ceitec, empresa pública do MCTI voltada para a nacionalização de circuitos integrados, iniciou a produção de chips RFID voltados para o programa Siniav, iniciativa do governo federal para identificação da frota de veículos circulantes no país por meio de tags RFID instalados no para-brisas.



Maiores detalhes poderão ser obtidos em:


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Braço Robótico com Arduino e Labview - Saber Eletrônica Online

Reencaminho projeto de automação e robótica desenvolvido pela engenharia elétrica da UnC, para uso em aulas do tema. Emprega o arduino e o labview. Este artigo foi publicado na Saber Eletrônica Online, que o liberou na íntegra para acesso a não assinantes. O link para acesso se encontra abaixo.

Foto ilustrando a esteira e o braço robótico empregado no contexto do projeto

Interface do Projeto em Labview


Braço Robótico com Arduino e Labview - Saber Eletrônica Online


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Protocolo RRLP

Visão Geral

O protocolo RRLP (Radio Resource Location Services Protocol) como especificado no padrão GSM TS 04.31 é usado para troca de mensagens entre uma estação móvel (EM) e um Centro de Serviços de Localização Móvel (SMLC) com o intuito de prover informações de localização para o caso de chamadas de emergência. Este protocolo foi desenvolvido com o objetivo de cumprir os regulamentos dos serviços de atendimento de chamadas de emergência 911 nos Estados Unidos. Contudo, como o protocolo não requer autenticação, pode ser usado fora do contexto das chamadas realizadas pela EM ou do envio de mensagens SMS, não restringindo seu uso apenas para chamadas de emergência, mas também para que as entidades de segurança pública possam obter a exata localização de uma EM.

Muitos smartphones atuais contam com um receptor GPS e suportam o protocolo RRLP. De acordo com sua especificação, o RRLP habilita a rede a obter a posição atual marcada pelo GPS da EM sem qualquer forma de autenticação.

Todos os aparelhos vendidos nos EUA devem obrigatoriamente suportar LCS, segundo regulamento E911. Pelo menos 90% dos aparelhos em uso nos EUA e Europa atualmente suportam este protocolo. As especificações GSM definem várias técnicas possíveis para se determinar a localização da EM, mas de longe o método mais comumente usado é o GPS assistido (A-GPS)  que será descrito em breve e quase todos os aparelhos celulares que suportam o RRLP suportam o modo A-GPS. Um aparelho com A-GPS incluem receptores GPS embarcados.

Muitos smartphones submetem sua localização GPS para a Operadora Móvel em resposta a uma requisição RRLP. Isto acontece sem qualquer tipo de autenticação. Em todos os telefones conhecidos, a operação RRLP é completamente invisível ao usuário do telefone.

Com o OpenBTS é possível configurar uma requisição RRLP a ser enviada durante a atualização das posições (o qual pode ser configurado sobre um temporizador em tempos  múltiplos de 6 minutos), no começo e fim de uma chamada ou durante atividade SMS. Desde que a precisão da informação de GPS é tipicamente de 5 a 30 metros, via RRLP é possível construir uma mapa detalhado da EM e consequentemente da movimentação de seu usuário.

Em síntese, se você possui um telefone móvel com GPS qualquer um é capaz de determinar sua posição corrente sem o seu consentimento. Operadoras Móveis e outros simplesmente podem enviar requisições ao aparelho sem o conhecimento do usuário. Ressalva-se porém que no Brasil tal protocolo não é implementado por não ainda haver normativa que obrigue o fornecimento de tal informação.


Métodos de Posicionamento RRLP

O protocolo RRLP suporta dois métodos de posicionamento:


  •    Diferença no Tempo Observado Aumentado (Enhanced Observed Time Difference – E-OTD), que é baseado nas medições dentro da EM, onde o telefone mede a diferença do tempo de chegada das rajadas enviadas pelas ERBs adjacentes próximas;
  •     Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System – GPS) o qual, neste caso, o aparelho deve possuir um receptor embarcado.

Em uma requisição RRLP o tipo de método indica se o posicionamento será assistido por EM ou baseado em EM.

Posicionamento Assistido por EM


Basicamente, a EM realiza as medidas E-OTD ou GPS e as repassa para a rede. A computação da geolocalização é então procedida na rede GSM e não no aparelho. Essencialmente, neste método o cálculo da posição é feita pela rede (SMLC) usando informações do receptor GPS. Isto reduz o esforço computacional da EM.

É definido como uma implementação onde dados assistidos são providos para a EM pela SMLC, tal que a EM pode capturar sinais dos satélites GPS e determinar sua medida correspondente. Estas medidas  dos satélites com rótulos de tempo são retornados para a SMLC, onde a estimativa de localização é então calculada.

Desta forma todas as EMs fazem na verdade é a medida da diferença no tempo e não o cálculo da posição baseado nas equações geodésicas, como são feitos pelos receptores GPS ad hoc. Assim, não precisam decodificar o sinal GPS no todo, o que consome tempo, processamento e banda do canal de comunicação sem fio. A rede móvel (SMLC) pode então computar a posição GPS na medida em que obtêm as informações de tempo para todos os satélites vistos pela EM, uma vez que a rede móvel já conhece todos os outros dados necessários, como o almanaque e as efemérides GPS.

Posicionamento Baseado na EM


A EM realiza as medidas E-OTD ou GPS e sucessivamente implementa a computação do geoposicionamento no próprio telefone. O resultado é então enviado de volta para a Operadora da Rede.

Este modo é definido como uma implementação onde a assistência é provida para a EM, pela SMLC, de tal forma que a EM pode calcular sua própria estimativa de localização.

Esta posição GPS é então comunicada para a SMLC.

A operação para telefones que suportam RRLP e requerem assistência GPS é similar, sendo que o receptor GPS é agora um receptor A-GPS. Um sistema assistido pode resolver os problemas de obtenção do almanaque e das efemérides usando dados disponíveis na rede.

Detalhes Técnicos do RRLP



O protocolo RRLP é definido no GSM TS 04.31. Sobre a interface Um uma mensagem de informação de aplicação sobre recurso de rádio (RR) transporta a mensagem RRLP, como ilustrado na figura abaixo.


Fluxo RRLP entre EM e SMLC

Todos os fluxos de chamadas terminadas no móvel são requisições para a localização corrente das EMs. O SMLC é invocado via uma requisição de localização que contém o tipo de requisição (estimativa da localização), Id da célula, prioridade, QoS, marcação de classe, etc. O SMLC então envia uma mensagem RRLP de requisição de posição medida para a EM contendo o modo de operação (Assistido ou Baseado) e alguma quantidade de dados de assistência como o almanaque e as efemérides.

Abaixo na figura é apresentado o fluxo para o caso assistido:

Fluxo RRLP para o caso assistido

Em seguida se apresenta na figura o caso baseado na EM:

Fluxo RRLP

Nos casos em que o SMLC inicialmente envia dados de assistência incompletos para a EM, este pode requisitar um conjunto explícito destes dados. O SMLC então repetirá a mensagem de requisição com os dados de assistência requeridos, como no diagrama abaixo da figura.


Há três tipos de dados de assistência GPS enviados em broadcast:

  • correções de GPS diferenciais (incluindo tempo de referência e localização de referência);
  • efemérides e correção do relógio;
  • almanaque e outros dados.

O fluxo de chamadas é genérico para ambas as implementações. A mensagem de broadcast é criada na SMLC e a mensagem inteira é transferida da SMLC para a EM. Esta mensagem é descrita no GSM 04.31.

ReferênciaCRAIG, C. Radio Resource Location Services (LCS) Protocol (RRLP) – The Theory. Disponível em <http://genesysguru.com/blog/blog/2013/04/04/radio-resource-location-services-lcs-protocol-rrlp-the-theory/>. Acessado em 16 out 2013.






quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Realizado 3ºteste de voo da nave Spaceship Two a 71mil pés

Falando no último post sobre Paul Allen, o camarada foi um dos investidores do projeto abaixo. Quando saiu da iniciativa, repassou o controle para outro cara de quem sou fã , Sir Richard Branson, da Virgin. Entre citações deste último que fiz questão de anotar, estão:


  • "Nunca permita que a falta de experiência o detenha".
  • "Barcos, jatos particulares e limusines imensas não fazem ninguém aproveitar melhor a vida. Seria muito bom se o dinheiro gasto nisso fosse investido na África."




Realizado 3ºteste de voo da nave Spaceship Two a 71mil pés

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Publicação Impressa com Hyperlink?

Ganhei da minha sogra no Natal o livro O Homem por Trás do Mito, A criação da Microsoft segundo seu cofundador, de autoria de Paul Allen. Identifiquei-me demais com o autor, que, a despeito da sua natureza nerd, toca guitarra e idolatra nada menos que Jimi Hendrix! Inclusive, o cara esteve na Namíbia, assim como eu!

Eu na bela capital da Namíbia, Windhoek


Gostaria de ter um décimo do talento de Paul Allen (e do dinheiro também). Recomendo a leitura.



O livro possui tantas referências legais acerca de times, jogadores e técnicos de basquete e futebol americano, canções, músicos e bandas, software, ciência, dentre outros, que a todo momento eu interrompia a leitura para buscar tais referências na Internet, principalmente as desconhecidas, como a atriz Dany Saval, citada no texto como uma exótica atriz francesa que interpretou uma alienígena em O Incrível Homem do Espaço (Moon Pilot).

Então comecei a pensar como seria legal se as publicações impressas de alguma forma pudessem ter formas de indexação de conteúdo capazes de nos levar a mais informações acerca dos mesmos, como o hyperlinks das páginas da world wide web. Aí veio o pulo do gato...

... Abaixo disponibilizo uma experiência de indexar conteúdo em publicação impressa. Para tanto, uso uma apostila que emprego como referência na disciplina de Ondas & Antenas, que leciono na Engenharia Elétrica da Unisul, onde faço a indexação de alguns termos no Capítulo 1:

Clique na imagem para baixar o documento PDF


O segredo para tal indexação em conteúdo impresso? A tecnologia do QR Code. Para acessar o conteúdo, basta usar um App para leitura destes códigos em um smartphone com acesso à Internet. Qual sua opinião sobre a experiência? Deixe seu comentário abaixo.

Fica a dica para que editores possam enriquecer sua publicações impressas, oferecendo novos meios de consultas.