sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Este é dos bons!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Materiais Ferroelétricos

Complementando o post anterior sobre capacitores, onde um dielétrico é empregado por conta do efeito de polarização de seus dipolos, implicando numa constante dielétrica que aumenta proporcionalmente o valor da capacitância, apresentaremos os materiais classificados como ferroelétricos. São materiais cristalinos com dipolos permanentes que se orientam espontaneamente em domínios com polarização não-nula. Análogo aos materiais ferromagnéticos, por esta razão são chamados materiais ferroelétricos.
A figura abaixo apresenta o ciclo de histerese do Titanato de Bário, onde átomos de bário, titânio e oxigênio são representados por esferas azuis, verdes e vermelhas, respectivamente. Note que o comportamento é muito similar ao observado em materiais ferromagnéticos:






Como pode ser visto, estes materiais apresentam constantes dielétricas muito altas (da ordem de 1000) e são não-lineares. Possuem uma temperatura de transição para fase paraelétrica conhecida por temperatura Curie (similar aos ferromagnéticos). Possuem propriedades óticas também não-lineares.
São exemplos de materiais ferroelétricos:

  • Sal de Rochelle;
  • Fosfato monobásico de potássio;
  • Titanato de bário;
  • Zirconato Titanato de chumbo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sobre Capacitores

No post anterior falamos sobre ultracapacitores. Aproveitando a relevância do tema, sendo inclusive assunto da próxima prova de eletromagnetismo da 6ª fase do curso de engenharia elétrica-telemática da Unisul, continuaremos abordando o assunto, escrevendo um pouco sobre alguns aspectos. Por exemplo, capacitores do tipo eletrolítico de alumínio permitem altíssimas capacitâncias (entre 1 mF e 1000 mF). A configuração esquemática é representada na figura abaixo:

Estes capacitores são produzidos pela ação de um eletrólito inicialmente embebido em papel sobre uma placa condutora de alumínio no ânodo, que forma uma fina película de alumina (Al2O3), com permissividade relativa entre 7 e 9, o que não é muito, se comparado a outros materiais. A placa que funcionará como ânodo é previamente submetida ao ataque por um reagente químico de forma a produzir uma superfície rugosa. A película de alumina funciona como o dielétrico do capacitor e separa o eletrodo de alumínio no ânodo e o eletrólito que funciona como cátodo. A capacitância é controlada variando-se a espessura do filme e a rugosidade da superfície. Observe que esta formação estrutural acontece graças a uma reação eletroquímica, sendo esta a razão dos capacitores eletrolíticos serem polarizados. A inversão de polaridade resulta em uma reação química de sentido reverso, exotérmica, implicando na liberação de energia com consequente destruição do componente.
Abaixo, temos imagens obtidas por microscópio eletrônico de varredura (MEV) de uma placa condutora que havia sido inicialmente atacada para produzir os túneis sobre os quais se cresceu a camada de alumina. A imagem foi obtida após a remoção total do alumínio, o que permitiu evidenciar a morfologia dos túneis e da camada de óxido. Note as dimensões do túnel e a espessura da camada de óxidos reduzidas.






Como explicar que os capacitores de alumínio tenham capacitância maior que os de titanato de bário, material ferroelétrico com permissividade relativa maior, entre 12 e 5000? Poste seu comentário. Para alunos de Eletromagnetismo da Engenharia Elétrica-Telemática, a resposta correta implicará em ganho de 0,1 na nota em uma das avaliações.
Por falar em ferroeletricidade, trataremos deste assunto em post futuro. Por isso, fique atento às nossas publicações.

Até lá!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ultracapacitores

A busca por meio de transportes mais eficientes passa por inovações nos campos das baterias, motores, células solares, células a combustível e ultracapacitores. A NASA, por exemplo, está realizando uma competição para tornar os aviões mais "verdes".





Avião Elétrico E-Genius

Mas o que são ultracapacitores? São capacitores em se busca otimizar a densidade de energia armazenada, diminuindo o volume destas estruturas. Como sabemos, a capacitância depende da área superficial de contato entre placas, da distância entre estas e da permissividade do meio material dielétrico existente entre as placas. Com a nanotecnologia, os cientistas otimizaram estes parâmetros lidando com o campo elétrico em nível atômico, tornando-os capazes de fornecer grandes quantidades de energia de forma instantânea. Estão sendo empregados em veículos experimentais (como a aeronave da foto), principalmente àqueles movidos a célula de combustível.
O segredo? O uso de membranas construídas com nanotubos de carbono alinhados verticalmente. Um exemplo deste pode ser visto na imagem abaixo:


O carbono ativado empregado como placa capacitiva confere uma enorme área superficial, graças a sua porosidade. Esta qualidade já é empregada como um bom adsorvente, com inúmeras aplicações, como purificadores de água, por exemplo. Um uso bem prático no dia a dia desta propriedade é a colocação de um pedaço de carvão vegetal dentro da geladeira, cujas características adsorventes ajudam a eliminar odores indesejáveis. Sabiam disso?
Entretanto, a aplicação do carbono ativo como placa tem um inconveniente: seus poros são irregulares, o que reduz a área superficial, diminuindo a eficiência deste material na construção de capacitores. Isto foi resolvido com técnicas de nanotecnologia, constituindo nanotubos de carbono de desenho perfeitamente regular, além de possuir diâmetros de apenas alguns poucos átomos. Assim, é possível a construção de capacitores com capacidade de armazenamento incomparável, já havendo tecnologia para a fabricação de capacitores pequenos e com grandes densidades de energia, o que será um impulsionador de sistemas mais eficientes energeticamente.

Fonte: Inovação Tecnológica

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Futuro da Energia Nuclear

Duas matérias do Inovação Tecnológica expõe o futuro desalentador para a energia nuclear:

  1. Governo não se entende sobre energia nuclear no Brasil
  2. Siemens abandona a indústria nuclear
Esta aí um campo que parece não ser muito promissor...

Projeto da Furb de captação de energia solar

Confesso que não entendi o ineditismo e a inovação do trabalho a partir da matéria publicada no Noticenter. De qualquer modo, divulgo para conhecimento.

Alunos da Furb desenvolvem projeto de captação de energia por meio de aproveitamento solar

Nota: Acho que houve um erro no montante de recursos recebidos pelo programa Sinapse da Inovação. Pelo que sei, o programa confere até R$ 50 mil. Se estão dando R$ 50 milhões por projeto, vamos se mexer pessoal porque é muito dinheiro!

sábado, 17 de setembro de 2011

Antena de cerâmica leva iwireless/i aos 60 GHz

Com a escassez das bandas mais baixas levando-nos para frequências cada vez mais altas, desafios técnicos surgem, estimulando o aparecimento de inovações:

Antena de cerâmica leva iwireless/i aos 60 GHz: Esta pode ser a antena da próxima geração de telefones celulares e outros dispositivos sem fios.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Questões a se Observar na Geração de Energia a partir do Biogás

Biogás é o produto da ação de microorganismos que consomem a matéria orgânica, transformando-a em gás metano, o que é um combustível que pode aproveitado para máquinas térmicas transformarem em energia elétrica. Há vários tipos de matéria orgânica que podem ser convertidos em biogás, desde resíduos (lixo) até rejeitos da bovinocultura ou suinocultura. O grande benefício deste sistema é o tratamento que é destinado ao rejeito, possibilitando o aproveitamento na forma de energia, evitando o lançamento de gases que colaboram para o efeito estufa (metano), com consequente captura de créditos de carbono, além da transformação do subproduto desta geração em fertilizantes.





Porém, a grande questão envolvendo o projeto de biodigestores para geração de energia elétrica é a capacidade das bactérias metanogênicas em transformarem a matéria orgânica em biogás de forma eficiente, o que é conhecido por tempo de retenção hidráulica do efluente. Este tempo dura em média 30 dias, sem o qual esta transformação não é na sua melhor maneira. E normalmente, no início da operação, este tempo deve ser maior, até que o processo se estabilize. Além disso, como se trata de sistema de tratamento biológico, entram variáveis como a temperatura influenciando o processo. Quanto mais baixa a temperatura, menor será o metabolismo das bactérias e consequentemente isto amplia o tempo de retenção hidráulica.

E no que isto influencia o projeto de geração? Para promover a geração contínua, deve-se satisfazer a máquina térmica com a vazão contínua de biogás, o que é determinado pelo consumo da máquina. Contudo, para que o biodigestor atenda esta necessidade de consumo, além de realizar o tratamento adequado do efluente, eliminando os elementos indesejáveis deste, deve haver uma quantidade de rejeito suficiente para permanecer retido no biodigestor pelo tempo de retenção hidráulica necessário. Isto implica no projeto do volume do reator adequado para atender não apenas o consumo da máquina, como também a vazão de rejeitos que entram no biodigestor, que por sua vez está condicionado à taxa de geração destes rejeitos. Em suma, deve haver o equilíbrio entre o que entra (rejeito), o tempo de processo (conversão do biodigestor) e o que sai (biogás). Tal projeto exige uma análise criteriosa destas variáveis.

Houve um caso de um sistema de produção de suinocultura no sul do Estado em que o processo de geração de energia elétrica a partir do biogás para fins de consumo próprio e economia da conta apresentava interrupções no fornecimento. Estudos apontaram que o dimensionamento do reator anaeróbico (biodigestor) era insuficiente para atender o consumo do gerador e a vazão do efluente, gerando o problema, não ocasionando assim a economia esperada e ainda não tratando devidamente o rejeito, implicando em impactos ambientais no lançamento dos subprodutos do reator, o qual se esperava matéria para uso como fertilizante.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Minicurso Gratuito de JSF 2, REST e HTML5

Para quem se interessa por desenvolvimento e integração de sistemas, a VOffice está oferecendo um minicurso gratuito de JSF2, REST e HTML5, a ser realizado no dia 29 de setembro, às 19h, na unidade da VOffice da rua Lauro Linhares, 589, Trindade (Prédio da ACATE).


Exibir mapa ampliado

O único pedido é a doação de 2 kg de alimentos não perecíveis para repasse a instituições de caridade.

domingo, 11 de setembro de 2011

Índice negativo de refração é obtido com metais

Na última aula de O&A, falávamos da relação entre índice de refração e as propriedades eletromagnéticas do meio. Por falar nisto...

Índice negativo de refração é obtido com metais: O feito poderá ter impactos significativos no campo da óptica - pense nos microscópios, telescópios, fibras ópticas e, principalmente, nos computadores fotônicos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pesquisa mostra viabilidade de captar energia dos cabos pára-raios




Pesquisadores da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), de São Paulo, apresentarão os resultados da pesquisa de obtenção de fonte de energia por indução nos para-raios ao longo de linha de transmissão, em um workshop que será realizado no auditório do Sertão (Laboratório da Eletrosul no Sertão do Imaruím), a partir das 10 horas desta segunda, dia 12. Os estudos mostraram ser viável a captação da energia que é gerada nos cabos para-raios pelo campo magnético que se forma ao redor dos condutores das linhas de transmissão e as possibilidades de uso dessa energia. O workshop envolverá técnicos da DEML, DEM e DPE, mas a participação é aberta a todos os interessados. A FTDE foi contratada, no edital de P&D 2008, pela SC Energia. Com a incorporação da SPE, em 2009, a Eletrosul assumiu as pesquisas. Colaboração da jornalista Andréa Lombardo, da Assessoria de Comunicação e Marketing (ACS).

Fonte: Eletrosul, via colaboração do Marcus Vinícius Gelain

Energia das ondas: veja os projetos em implantação

Acesse a matéria do site Inovação Tecnológica:  Energia das ondas: veja os projetos em implantação: Cercada de mares revoltos, a Grã-Bretanha está saindo na frente na busca de formas de extrair energia das ondas e das marés.

É engraçado que jamais vi algum estudo local sobre potencial das ondas para geração de energia elétrica no litoral catarinense ou qualquer pesquisa neste sentido. Já morei na Praia do Rincão e posso atestar que o litoral sul é prolífico em ondas fortes, sendo raros os dias calmos. Talvez tenhamos uma vocação não explorada, ou poderíamos estar à frente nas pesquisas no Brasil e América Latina.

Alguém sabe como anda o projeto similar da Coppe/UFRJ? Comente.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Brasileiros desenvolvem tecnologia para celulares 4G

Brasileiros desenvolvem tecnologia para celulares 4G: O trabalho segue uma linha de pesquisas que está em desenvolvimento em nível internacional, não havendo ainda um padrão estabelecido para como essas futuras comunicações serão feitas.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Interconexões Eletrônicas utilizando Adesivos Condutivos

Os adesivos condutivos podem substituir as ligas de solda na interconexão eletrônica e hoje vêm ganhando cada vez mais espaço na fabricação de dispositivos eletrônicos.
Os adesivos condutivos podem ser utilizados como substitutos das ligas de solda para promover a interconexão eletrônica. Hoje, estes materiais ocupam importante lugar na fabricação de dispositivos eletrônicos, tendendo a ganhar cada vez mais espaço. Esta publicação trata dos diferentes tipos de adesivo condutivo, bem como suas principais aplicações.
A primeira classificação dos adesivos condutivos está relacionada à forma como conduzem eletricidade. No primeiro grupo estão os adesivos condutivos intrínsecos e no segundo os adesivos extrínsecos.
Os adesivos intrínsecos são compostos por polímeros que conduzem eletricidade. Apesar destes materiais já existirem a vários anos, este grupo de adesivos ainda não encontra grande uso no mercado, devido à sua baixa condutividade e as suas pobres propriedades mecânicas.
Já os adesivos extrínsecos são materiais compósitos, compostos por uma matriz polimérica dielétrica e um material de preenchimento, normalmente um metal. Por sua vez, os adesivos extrínsecos podem ser classificados em três categorias:
  • Adesivos condutivos isotrópicos;
  • Adesivos condutivos anisotrópicos;
  • Adesivos não condutivos.
Adesivos condutivos isotrópicos
São materiais que possuem em sua composição uma grande quantidade de material condutivo, em torno de 60% de seu volume. As partículas condutivas, tradicionalmente prata, são compostas por flakes de aproximadamente 30 µm de tamanho e partículas esféricas com tamanho menor, de aproximadamente 5 µm. Quando ocorre o contato entre estes dois tipos de partículas condutivas, o material passa a conduzir eletricidade em todas as direções. A Figura 1 apresenta uma micrografia de um adesivo condutivo isotrópico. Este tipo de adesivo encontra grande utilização para a fixação dos chips na fabricação de componentes, interconexão de flip-chips e células fotovoltaicas.
Figura 1 – Micrografia de uma interconexão utilizando adesivo condutivo isotrópico.
Fonte: http://www.designworldonline.com/articles/2267/Are-you-sweating-over-solder.aspx


Adesivos condutivos anisotrópicos
Os adesivos condutivos anisotrópicos são uma classe mais nova de adesivos condutivos, sendo uma consequência da constante miniaturização dos dispositivos eletrônicos. Nestes materiais a quantidade de partículas condutivas é bem menor, de forma que elas não se tocam. A posterior aplicação de pressão leva a condução de eletricidade em apenas uma direção. Desta forma, não existe necessidade de grande precisão na aplicação do adesivo. A Figura 2 apresenta o funcionamento dos adesivos anisotrópicos.

Figura 2 – Esquema de uma interconexão utilizando adesivos condutivos. As partículas esféricas são responsáveis pela interconexão eletrônica entre as ilhas de solda de ambos os substratos.

Este tipo de adesivo pode ser adquirido de duas formas, na forma de pasta ou na forma de filme. Quando na forma de filme ele é denominado filme anisotrópico condutivo, ou ACF (Anisotropic Conductive Film). Os ACFs são muito difundidos devido à sua versatilidade e facilidade de aplicação. A partícula de preenchimento normalmente possui núcleo polimérico e revestimento metálico, de forma que o núcleo sofre deformação plástica, mantendo uma pressão constante entre a partícula condutiva e os substratos. Suas principais aplicações são encontradas na indústria de displays, tanto para conexão de flex-on-glass (substrato flexível no vidro), quanto chip-on-glass (chip no vidro).

Adesivos não condutivos

Apesar de sua nomenclatura é possível realizar a interconexão eletrônica utilizando-se adesivos não condutivos, este tipo de adesivo é utilizado apenas em aplicações de ultra-fine pitch, ou seja quando a distância entre as interconexões é muito pequena. Neste caso o chip precisa ser preparado anteriormente com terminais especiais. O contato elétrico ocorre diretamente entre o terminal do chip e o substrato, e o adesivo, neste caso, é responsável pela manutenção da pressão previamente aplicada entre o chip e o substrato. A Figura 3 apresenta uma interconexão utilizando adesivo não condutivo.

 Figura 3 – Esquema de uma interconexão utilizando adesivos condutivos. A interconexão é realizada pelos bumps do chip diretamente no substrato, enquanto o adesivo possui função estrutural.

Entre os fatores que impulsionam o uso dos adesivos condutivos estão a possibilidade de interconexões utilizando baixas temperaturas de processamento, a ausência de substâncias perigosas como o chumbo, alta resistência química, mecânica e térmica e a possibilidade de interconexões flexíveis. Apesar de não substituir completamente as tradicionais soldas à base de ligas de estanho, o uso deste tipo de material está cada vez mais em ascensão.

Para mais informações sobre interconexões eletrônicas utilizando adesivos condutivos, entre em contato com o Engº José Carlos Boareto ( jcb@certi.org.br ou 48-3954-3045).

Fonte: LabElectron

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Certificação de Tomadas e Plugues

Ao ler o post sobre certificação de eletrodomésticos, o Bruno Apolinário, que já foi meu aluno, alertou para um problema semelhante para o caso de tomadas e plugues, que não possuíam certificação até junho de 2011, quando foi baixada a portaria 271

Segundo ele, "os fabricantes e fornecedores não estão muito atentos a essas normas, pois no caso da obra que eu fiscalizo, o respectivo fabricante/ fornecedor não soube me esclarecer a questão, e estava se prontificando a substituir as 4 mil tomadas, porém não foi necessário."

Segue maior detalhamento sobre o assunto, conforme o próprio Bruno:
1)      A Regra Específica para Certificação de Plugues e Tomadas era a NIE- DINQP – 051 Rev.00- Fev 1999, substituída pelo Regulamento de Avaliação da Conformidade através da Portaria do Inmetro nº 85, de 03 de abril de 2006. Até esse momento, o uso da identificação da certificação nos plugues e tomadas para uso domestico e análogo, que tem por objetivo indicar a existência de um nível adequado de confiança de que tais produtos estão em conformidade com as normas técnicas correspondentes, era feita de forma voluntária e estava vinculado à licença emitida pelo OCP (Organismo de Certificação de Produto), conforme previsto na norma NIE-DINQP–051, e aos compromissos assumidos pela empresa através do contrato de licença para uso da Marca de Conformidade com o mesmo. 

2)    A Portaria Inmetro nº 85, de 03 de abril de 2006, aprova para a observância compulsória, o Regulamento de Avaliação da Conformidade para Plugues e Tomadas para uso Doméstico e Análogo e dá outras Providências.

3)    A Portaria Inmetro nº 271, de 21 de junho de 2011, que considera as Portarias Inmetro nº 85 citada acima, a nº 324, de 21 de agosto de 2007, e a nº 251, de 15 de setembro de 2009, e que considera ainda a necessidade de adoção de novas medidas que visem a esclarecer aspectos construtivos obrigatórios para o padrão de plugues e tomadas, conforme ABNT NBR 14136, estabelece em seu Art. 4º que os plugues de dois ou três pinos, as tomadas fixas ou móveis e os adaptadores deverão ter estampadas em seu corpo as seguintes indicações:
a)    o nome, a marca ou o logotipo do fabricante;
b)    a tensão a que se destinam em Volt (V);
c)    a potência em Watt (W) ou a corrente nominal em Ampère (A);
d)    país de fabricação; e o
e)    selo de identificação da conformidade.

O Art. 8º estabelece que o artigo citado acima será de cumprimento obrigatório a partir da data de sua publicação e o Art. 11º estabelece que a referida portaria entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. 

4)    A Portaria Inmetro nº 271, de 21 de junho de 2011 foi publicada na seção 1 do Diário Oficial da União, pag. 57, no dia 28 de junho de 2011, conforme anexo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Economia - Falta de energia atingiu partes de quatro regiões, diz ONS

Economia - Falta de energia atingiu partes de quatro regiões, diz ONS

Segundo a ONS, houve de 2.200 MW de um total de 61.300 MW. Falha no sistema de transmissão de Itaipu durou cerca de 30 minutos.

Energia eólica no Brasil vai crescer sete vezes até 2014

Energia eólica no Brasil vai crescer sete vezes até 2014: A energia eólica entrou definitivamente na matriz energética brasileira e deve crescer sete vezes em volume nos próximos três anos.

Nova Enquete do Blog

Após a enquete sobre a Usina de Monte Belo, que mostrou que nossa audiência é esmagadoramente a favor da construção deste empreendimento, o blog anuncia sua segunda enquete, relacionada à adoção de estratégias para eficiência energética. Para participar, basta votar, a enquete está no canto direito da página.

Ela se encerra no dia 11 de novembro, por isso, não perca tempo e ajude a mapear as boas práticas de eficiência energética aplicadas hoje em dia.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Jornal O Globo traz matéria sobre Regulamentação de Eletrodomésticos pelo Inmetro

A Coluna "Defesa do Consumidor" do Jornal O Globo destacou nesta manchete a questão da regulamentação de aparelhos eletrodomésticos pelo Inmetro. Trata-se da Portaria 371, no qual 97 família de produtos, envolvendo 300 itens (liquidificadores, aspiradores de pó, barbeadores, dentre outros) deverão ser certificados pelo Inmetro, sendo que deverá possuir um selo se aprovado em alguns quesitos, como segurança e ruído.




Chamou-me a atenção nesta reportagem o comentário de Milena Guirão Prado, coordenadora de marketing do Programa Casa Segura. Segundo ela, a medida é importante, entretanto, só ela não basta, a segurança é garantida também por uma instalação elétrica adequada. Segundo estudo feito pelo programa, em edifícios com mais de dez anos na cidade de São Paulo, 86 % destes nunca fizeram reforma ou manutenção significativa na parte elétrica; 35 % usam de forma permanente benjamins e extensões para ligar aparelhos e 85 % não têm dispositivo DR.

Trata-se de um problema cultural que observo desde os tempos em que lecionei projeto de instalações elétricas. Mencionava, por exemplo, que uma instalação elétrica tem vida útil média de 15 anos, mas ninguém sabia ou mesmo se importa com isto. Outro fato que costumava por em pauta nas aulas é que a instalação é algo "oculto" numa obra, ela entrega funcionalidades e não valor e estética, diferentemente do projeto arquitetônico, paisagístico ou do acabamento decorativo. Por isso, o proprietário da obra não dá a devida atenção ao tema. Hoje, ele só ver valor na instalação se esta vier embutida de automação residencial, contudo esta é cara e portanto pouco acessível. Já tive vários problemas por conta disso na elaboração de projetos elétricos. Outro fato também não aplicado, mas previsto pela NBR 5410 é a entrega de um manual da instalação para o proprietário, concebido para leitura de um leigo, orientando-o quanto as especificações da instalação elétrica, versando, dentre outras coisas, o que ele pode conectar (ou não) a determinadas tomadas, tipos de iluminação possíveis, alternativas de troca para os componentes da instalação em caso de inutilização, dentre outros. Alguém aí possui o manual da instalação elétrica de sua residência?
Só vejo uma solução para isto: a obrigatoriedade por força de lei do projeto/ execução por profissional técnico ou engenheiro em eletrotécnica devidamente habilitado. O técnico em edificações ou engenheiro civil, embora receba os conhecimentos necessários para a elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa complexidade, falta-lhes um embasamento mais consistente para esta atribuição que lhes permita entregar projetos elétricos adequados para as exigências das cargas do mundo moderno, cada vez mais complexas. O resultado é que já vi muitos projetos elaborados por engenheiros civis tecnicamente possíveis, porém elaborados sem o cumprimento de boas práticas, como o cruzamento de eletrodutos ou um leiaute inadequado para estes condutos. Por isso, somente uma lei que libere a execução de uma obra mediante projeto e execução da instalação elétrica devidamente atrelado à responsabilidade técnica de um eletrotécnico ou engenheiro eletricista é que obrigaria a população a seguir rigorosamente as normas técnicas relativas ao tema. Porém, isto só vai ocorrer quando o número de acidentes fatais se elevarem a ponto de criar uma comoção nacional ou se a classe de engenheiros e técnicos se unirem para conscientizar nossos legisladores da importância disto.