quinta-feira, 30 de junho de 2011

Internet das Coisas ganha linguagem e site de aplicativos

Internet das Coisas ganha linguagem e site de aplicativos: "Mais e mais objetos do dia-a-dia têm capacidade de conexão à Internet. Agora há um esforço para criar uma plataforma padronizada para essa conexão."

Rádio com transístor de grafeno salta para os 10 GHz

Rádio com transístor de grafeno salta para os 10 GHz: "Os circuitos de rádio operaram em velocidade de até 10 GHz, uma melhoria astronômica em relação aos circuitos anteriores desse tipo, que operam na faixa dos 20 MHz."

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Memristor: A junção de resistores e memórias em um só componente

Publicamos a sugestão de nossa aluna Greicy como post do dia:



O resistor de memória ("Memristor") pode gerar um enorme impacto na maneira em que os dados são armazenados em computadores.
A idéia original do Memristor foi desenvolvida em 1971 por Leon Chua, engenheiro eletricista e professor da Universidade de Berkeley, CA. Um protótipo funcional agora foi desenvolvido por um time de cientistas nos laboratórios da HP.
Dentre outras coisas, o desenvolvimento pode ajudar na criação de chips de memória capazes de armazenar dados por muito mais tempo sem corrente elétrica, podendo algum dia dispensar o longo processo de boot dos computadores atuais. Também, estuda-se o uso do Memristor com uma possível substituição do chip de memória Flash, cujo prazo de validade é para aproximadamente 10 anos em condições normais de uso.
O funcionamento é relativamente simples: os pesquisadores construíram o protótipo colocando um filme microscópico de dióxido de titânio entre dois eletrodos, e aplicaram carga elétrica neles. "O Memristor guarda dados pois muda sua estrutura atômica quando a carga passa através dele".





Um Memristor teria o tamanho equivalente ao de um barco de 14,5 metros, enquanto que um componente comum (vísivel aos nossos olhos), o capacitor, teria tamanho equivalente ao da Lua. Através desse exemplo é possível ter uma idéia bem clara de por que é tão complexo trabalhar com nanotecnologia.

A nanotecnologia viabilizou a criação de diversas novas peças para os computadores. Entre tantos componentes, podemos citar os processadores, chipsets, memórias e muitos outros. Foi graças à nanotecnologia que as memórias (memória RAM) puderam ser desenvolvidas em tamanhos incrivelmente pequenos.
Contudo, as memórias RAM sempre sofreram com um grande problema. Desde que a computação surgiu, nunca conseguiram desenvolver memórias RAM que pudessem armazenar dados, mesmo que temporariamente,  sem a utilização de energia. Diferente dos dispositivos de armazenamento, as memórias RAM sofrem o problema de volatilidade, o que faz com que os sistemas sejam bem mais lentos do que poderiam ser. A lentidão ocorre justamente na transmissão de dados entre o disco rígido e a memória RAM.
Toda vez que você liga o seu computador, o sistema operacional deve ser enviado para a memória RAM (que é uma memória de alta velocidade), para que então o processador consiga acessar os dados do sistema sem demoras. Essa transferência de dados entre HD e memória sempre gerou problemas, e talvez seja um dos fatores que mais limita a evolução da computação. Todavia, este problema está para ser resolvido em breve.


O memristor é construído com nanotecnologia, portanto você jamais conseguirá vê-lo sem o auxílio de um instrumento apropriado. Abaixo você pode conferir uma imagem que mostra 17 memristores bem de perto.



Para  ter uma ideia do tamanho real, basta dizer que os memristores têm a largura de 50 nanômetros, o que equivale a menos de 200 átomos.

O memristor tende a revolucionar completamente a informática. Por ser um tipo de memória em tamanho nano, ele ocupa pouquíssimo espaço físico, o que levará as fabricantes de memória a investirem nesse ramo. Evidentemente, além do espaço, o memristor é mais rápido em todos os sentidos, principalmente por armazenar os dados sem a necessidade de energia.
Imagine que interessante: por acaso acaba a energia elétrica em sua casa e você não salvou nada do que estava aberto. Mas aí você lembra que seu computador já é dotado de memristores, os quais salvaram o estado do computador antes de tudo desligar e claro, eles não perderam as informações que estavam em sua tela.
 Companhias como a Sony, a Nintendo e a Microsoft poderão desenvolver video games dotados de uma velocidade tão incrível que não serão necessários “loadings” (carregamentos de fases e jogos) eternos. Além disso, os memristores poderão agilizar o processo de instalação dos jogos.



Como estamos falando de memória, não poderíamos deixar de salientar a possível utilização dos memristores em dispositivos de armazenamento. É muito provável que os memristores sejam o futuro do armazenamento, porque eles têm uma capacidade muito maior do que os HDs e os SSDs.

Para ter uma ideia, em apenas 1 cm² será possível armazenar 125 MB, ou seja, no mesmo espaço de um SSD comum será possível armazenar aproximadamente 1,5 TB (TeraBytes) ou quem sabe muito mais.
Além dos exemplos já citados, o memristor também deve ajudar a computação a chegar a um nível tão incrível de tecnologia que num futuro distante é possível que os memristores possam ser úteis para ajudar em sistemas parecidos com o cérebro humano. Isso mesmo, hoje já temos o reconhecimento facial e a leitura biométrica, porém, com os memristores essas tecnologias podem ser aprimoradas e poderão alcançar um nível de precisão incrível.
Inclusive, os sistemas que contarem com a tecnologia dos memristores poderão ter um nível de inteligência maior, sendo capazes de armazenar decisões e peculiaridades sobre os usuários dos computadores. Imagine como seria bom se o computador já soubesse o que você prefere, de modo que você não precisasse ficar se incomodando com atividades básicas.
Por exemplo, os memristores poderão armazenar os programas que você sempre abre na inicialização do sistema, assim você não precisaria clicar neles.
A HP anunciou que já tem protótipos do memristor e que está realizando diversos testes para que a tecnologia seja aperfeiçoada. A empresa ainda não cogitou a fabricação em larga escala. Até porque investir numa tecnologia nova é algo relativamente caro e também porque a empresa talvez pense em firmar alguns contratos antes de produzir os memristores para adaptação em componentes de outras fabricantes.
Espera-se que os primeiros produtos (memórias e dispositivos de armazenamento) com memristores cheguem aos fabricantes antes de 2012, de forma que os produtos devem estar disponíveis por volta de 2015.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Segurança nas Instalações Elétricas

O texto a seguir foi encaminhado pelo aluno Marcus Vinicius como sugestão de post para o blog:

As instruções que tem por objetivo apresentar os procedimentos de segurança a serem observados pela operação quando de trabalhos nas instalações elétricas são de fundamental importância para a saúde dos trabalhadores.



1)      EPI - Equipamentos de Proteção Individual
·         Proteção para cabeça, como capacetes, óculos de segurança e máscaras.
·         Proteção para membros superiores, como luvas e mangas de proteção.
·         Proteção para membros inferiores, como calçados de couro fechados e botas.
·         Proteção contra quedas com diferença de nível, como cintos de segurança e correias de segurança.
·         Proteção auditiva, para trabalhos realizados em locais em que o ruído seja superior aos padrões normais.
·         Outros equipamentos para proteções respiratórias, auditivas, do tronco, do corpo inteiro, da pele, ou outros que venham a ser necessários.




2)      EPC - Equipamentos de Proteção Coletiva
São os equipamentos utilizados para delimitar áreas específicas de uma unidade operativa, que estarão desligadas para a execução de serviços. Os equipamentos de balizamento e sinalização usualmente utilizados são:
  • Placas;
  • Cartões de Segurança;
  • Cordas ou Faixas de Sinalização;
  • Bandeirolas;
  • Cones;
  • Detectores de tensão;
  • Equipamento de aterramento.


Para a liberação da instalação para execução dos serviços será exigido o uso de todos os Equipamentos de Proteção Individual - EPI e Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC, adequados aos trabalhos a serem executados, e disponibilizar todos os recursos necessários à prestação de primeiros socorros.

Nas intervenções com desligamentos, quando o equipamento for isolado, para liberação dos trabalhos deve-se considerar a área como desenergizada com as seguintes condições:
  • DJ abertos e CS abertas e bloqueadas.
  • Ausência de Tensão.
  • Aterramento Temporários Instalados.
  • Área Sinalizada.


3)      Procedimentos de segurança durante a realização dos serviços

Especial atenção deve ser dada ao detector de tensão, testando-o antes de usá-lo para verificar partes energizadas.

Isoladores que suportem condutores de alta tensão, só poderão ser tocados por meio de dispositivos adequados, salvo na hipótese de terem sido isolados, verificada a ausência de tensão e ligados à terra por esses condutores.

Próximo a instalações com tensão, o transporte de escadas ou objetos alongados deve ser feito portando-os na posição horizontal, o mais perto possível do chão, suspensos nas mãos, e não nos ombros não permitindo que estes ultrapassem a altura do capacete da pessoa que os está transportando.

É proibido o uso de guarda-chuvas, escadas e trenas metálicas ou de pano com alma de aço, em áreas energizadas, bem como o uso de adereços metálicos,como relógios, pulseiras, etc.).

Devido ao risco de acidente por choque elétrico causado pelo contato da névoa ou jato de água com partes energizadas, não é permitido o uso de equipamentos que utilizem água sob pressão - wap - em instalações elétricas energizadas. Em paredes externas da sala de controle e em áreas externas ao piso com brita, a liberação da limpeza com wap está condicionada a análise de risco a ser realizada pela equipe de operação, com o apoio da equipe de segurança.

Deve ser mantida uma distância mínima de segurança, entre qualquer parte energizada do equipamento  ou do condutor energizado e as pessoas que trabalham ou se desloquem nas suas proximidades, de acordo com a tabela a seguir:


Distância (metros)
Classe de tensão (kV)
0,65
13
0,75
23
0,75
34,5
0,95
69
1,10
138
1,55
230
3,40
500

Ref.: Norma GRIDIS n° 3, Eletrobras, 1982
(Occupacional Safety and Health - 1981)



4)      Aterrramentos

Os conjuntos de aterramento que serão utilizados nos pontos da instalação deverão ser aqueles dimensionados para a subestação na qual se encontram.

Ao se realizar qualquer serviço em linha de transmissão ou equipamento impedido e isolado pelos meios operativos do sistema, deve-se observar os cuidados necessários ao se colocar ou retirar o aterramento, pois um erro nesta operação pode provocar distúrbio no sistema elétrico afetando sua confiabilidade. Portanto, procedimentos definidos de operação são acompanhados de rotinas simples e eficazes tais como:
  • Verificar se o equipamento ou linha esta realmente desenergizada ou não;
  • Delimitação da área de trabalho;
  • Identificação adequada dos conjuntos de aterramento;
  • Execução correta do aterramento;
  • Coordenação perfeita entre o encarregado de manutenção e a operação.


5)      Veículos em áreas energizadas

A circulação de veículos dentro de áreas de alta tensão em serviço só deve ser feita quando for absolutamente indispensável, tomando-se as medidas de segurança necessárias, respeitando-se as distâncias mínimas regulamentadas em relação aos pontos mais próximos com tensão, pelas vias sinalizadas e demarcadas, evitando as canaletas, com velocidade máxima de 20 km/h.

Todo o veículo ou equipamento estacionado em área energizada e em uso durante os serviços de manutenção deverá ser aterrado.

Não deverá ser manuseado líquido inflamável dos veículos no interior da área energizada, nem mesmo abrir a tampa do próprio reservatório, para evitar-se risco de ignição dos vapores combustíveis.

6)      Condições Gerais de Segurança

Para comunicação no pátio da Instalação em área energizada, somente utilizar transceptores portáteis VHF (Walk Talkie) dotados de antenas curtas, com cobertura isolante.

A permanência no pátio é restrita as necessidades de serviço, sendo as vias de circulação demarcadas usadas para os deslocamentos.

Todos os empregados que vierem a desenvolver suas atividades em subestações devem ser treinados e periodicamente reciclados em Prevenção de Acidentes e Primeiros Socorros, compreendidos dentro da NR 10.

Qualquer trabalho dentro de uma subestação deverá sempre ser realizado por, no mínimo, 2 pessoas, respeitando a NR10.




Por fim, um vídeo mostrando a abertura de chave seccionadora de 525 kV em condições normais de operação:



Deformações e Morfismo II

Complementando post anterior, publico imagem animada onde foi aplicada a técnica de morfismo:



Aliás, o link abaixo traz uma matéria de aplicação desta tecnologia:

O Fim do Google PowerMeter

O Google anunciou o fim de duas iniciativas: o Google Health, para registros de saúde, e o Google PowerMeter, para registros de consumo de eletricidade de unidades consumidoras. Ambos eram projetos em sintonia com dois temas bem atuais, que são as discussões em torno da elevação dos custos de saúde (e como a tecnologia pode ajudar neste sentido) e as redes inteligentes de energia, as "Smart Grids" (com uso intensivo de telecomunicações e tecnologia da informação). Esta última, inclusive, acompanha o clamor da humanidade nos dias de hoje por um desenvolvimento mais sustentável, com menor agressão ao meio ambiente.
Restringindo-se a temática deste blog, Matt Maupin postou no blog da Freescale sobre o fim do Google PowerMeter, alegando-se desapontado com o fim desta iniciativa, mas não surpreso com a notícia, haja vista que este projeto, na sua plenitude, exigiria a obtenção de dados dos consumidores a partir das bases de dados das concessionárias, que por sua vez não estão preparadas para tal integração. Além disso, alega a questão do valor dos dados que seriam entregues a Google, justificando a negação destes dados com a visão que as concessionárias tem dos seus consumidores de energia como "pagadores de tarifas" e não como "clientes", com direito a acesso aos seus dados de consumo (como ocorre na telefonia, por exemplo).
Apesar de não discordar da visão deste autor, penso que esta desistência vai além disto, como o temor de a Google sofrer nos tribunais sob suspeita de formação de monopólio (ou mania de dominar o mundo), como pode ser verificado neste post. Afinal, com esta lista de inimigos, porque fortalecer este rol com as gigantes da área de energia e saúde?

Como se verifica, não bastam apenas ter tecnologias disponíveis, assim como boas intenções...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Comunicado: Participação no Blog

Comunico os alunos das disciplinas de eletromagnetismo e Ondas & Antenas que a nota de participação no blog será fechada a partir das sugestões/ participações até meio-dia (12h) da data de hoje (segunda, 27/06).

Tecnologia Kers: Mais potência, menos gás


O aluno Ednei Piva, assistindo as transmissões da Fórmula Um, sugeriu este artigo que está postado hoje no blog:

O Sistema de Recuperação de Energia Cinética (KERS), foi apresentado ao mundo durante a temporada 2009 de Fórmula Um. O KERS permitiu a carros de corrida ganharem alguma potência extra, pressionando um botão no volante. Isso fez com que a corrida se tornasse mais emocionante, pois a potência extra resultou em mais oportunidades de ultrapassagem. Em 2010, apenas algumas poucas equipes estavam usando KERS. Em 2011, a maioria das equipes adotaram a tecnologia.

A forma como funciona o KERS é engenhoso. Um volante está ligado ao freio. Quando o carro freia, a energia é enviada para o volante rotacionando-o. A energia do volante girando podem ser armazenada e utilizada para ajudar a tracionar as rodas quando o carro começa a se mover novamente.

Em 26 de maio, a Volvo anunciou que está desenvolvendo um sistema KERS para carros de rua. Ao contrário da Fórmula Um, a versão do KERS Volvo será voltada para funcionalidade. Não haverá botões para o motorista pressionar, para aproveitar a oportunidade de se engajar em um momento oportuno, enquanto passa um caminhão na estrada, por exemplo. A Volvo não está interessada tanto na velocidade extra que o KERS pode proporcionar, mas na economia de combustível que pode promover.

O KERS iria fornecer a maior parte da potência em acelerar de uma parada para a velocidade de cruzeiro. Na cidade, onde o "pára-arranca" é comum, isto significa uma redução significativa no consumo de combustível e emissões. É o impacto ambiental da tecnologia KERS, que convenceu o governo sueco para financiar o desenvolvimento da Volvo do KERS.

Derek Crabb, vice-presidente de engenharia de motores da Volvo, observou que, "A tecnologia volante é relativamente barata." Ele ressaltou que o sistema pode ser usado na grande maioria dos veículos Volvo sem afetar significativamente o preço.

O KERS Volvo a ser desenvolvido permitirá ao volante girar em torno de 60.000 rpm em um vácuo. Quando usado, ele dará ao carro até 80 cavalos de potência extra. Isto irá reduzir significativamente o tempo para ir de 0 a100 km/h. Deve-se notar, no entanto, que o volante só pode fornecer essa energia extra, desde que ele continue a girar. Se ele parar de girar, o carro terá que chegar até a velocidade de cruzeiro exclusivamente pela potência fornecida pelo motor.

Esta não é uma nova tecnologia, os volantes foram ao longo de séculos armazenando e fornecendo energia em um sem número de aplicações. Eles simplesmente não têm sido aplicados à tecnologia automotiva até recentemente. 


 Link do vídeo que mostra o kers em um carro de rua
http://www.youtube.com/watch?v=eLUCE44hll0

Fonte: http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en|pt&u=http://inkjam.blogspot.com/2011/06/new-kers-technology-more-power-less-gas.html