terça-feira, 28 de junho de 2011

Segurança nas Instalações Elétricas

O texto a seguir foi encaminhado pelo aluno Marcus Vinicius como sugestão de post para o blog:

As instruções que tem por objetivo apresentar os procedimentos de segurança a serem observados pela operação quando de trabalhos nas instalações elétricas são de fundamental importância para a saúde dos trabalhadores.



1)      EPI - Equipamentos de Proteção Individual
·         Proteção para cabeça, como capacetes, óculos de segurança e máscaras.
·         Proteção para membros superiores, como luvas e mangas de proteção.
·         Proteção para membros inferiores, como calçados de couro fechados e botas.
·         Proteção contra quedas com diferença de nível, como cintos de segurança e correias de segurança.
·         Proteção auditiva, para trabalhos realizados em locais em que o ruído seja superior aos padrões normais.
·         Outros equipamentos para proteções respiratórias, auditivas, do tronco, do corpo inteiro, da pele, ou outros que venham a ser necessários.




2)      EPC - Equipamentos de Proteção Coletiva
São os equipamentos utilizados para delimitar áreas específicas de uma unidade operativa, que estarão desligadas para a execução de serviços. Os equipamentos de balizamento e sinalização usualmente utilizados são:
  • Placas;
  • Cartões de Segurança;
  • Cordas ou Faixas de Sinalização;
  • Bandeirolas;
  • Cones;
  • Detectores de tensão;
  • Equipamento de aterramento.


Para a liberação da instalação para execução dos serviços será exigido o uso de todos os Equipamentos de Proteção Individual - EPI e Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC, adequados aos trabalhos a serem executados, e disponibilizar todos os recursos necessários à prestação de primeiros socorros.

Nas intervenções com desligamentos, quando o equipamento for isolado, para liberação dos trabalhos deve-se considerar a área como desenergizada com as seguintes condições:
  • DJ abertos e CS abertas e bloqueadas.
  • Ausência de Tensão.
  • Aterramento Temporários Instalados.
  • Área Sinalizada.


3)      Procedimentos de segurança durante a realização dos serviços

Especial atenção deve ser dada ao detector de tensão, testando-o antes de usá-lo para verificar partes energizadas.

Isoladores que suportem condutores de alta tensão, só poderão ser tocados por meio de dispositivos adequados, salvo na hipótese de terem sido isolados, verificada a ausência de tensão e ligados à terra por esses condutores.

Próximo a instalações com tensão, o transporte de escadas ou objetos alongados deve ser feito portando-os na posição horizontal, o mais perto possível do chão, suspensos nas mãos, e não nos ombros não permitindo que estes ultrapassem a altura do capacete da pessoa que os está transportando.

É proibido o uso de guarda-chuvas, escadas e trenas metálicas ou de pano com alma de aço, em áreas energizadas, bem como o uso de adereços metálicos,como relógios, pulseiras, etc.).

Devido ao risco de acidente por choque elétrico causado pelo contato da névoa ou jato de água com partes energizadas, não é permitido o uso de equipamentos que utilizem água sob pressão - wap - em instalações elétricas energizadas. Em paredes externas da sala de controle e em áreas externas ao piso com brita, a liberação da limpeza com wap está condicionada a análise de risco a ser realizada pela equipe de operação, com o apoio da equipe de segurança.

Deve ser mantida uma distância mínima de segurança, entre qualquer parte energizada do equipamento  ou do condutor energizado e as pessoas que trabalham ou se desloquem nas suas proximidades, de acordo com a tabela a seguir:


Distância (metros)
Classe de tensão (kV)
0,65
13
0,75
23
0,75
34,5
0,95
69
1,10
138
1,55
230
3,40
500

Ref.: Norma GRIDIS n° 3, Eletrobras, 1982
(Occupacional Safety and Health - 1981)



4)      Aterrramentos

Os conjuntos de aterramento que serão utilizados nos pontos da instalação deverão ser aqueles dimensionados para a subestação na qual se encontram.

Ao se realizar qualquer serviço em linha de transmissão ou equipamento impedido e isolado pelos meios operativos do sistema, deve-se observar os cuidados necessários ao se colocar ou retirar o aterramento, pois um erro nesta operação pode provocar distúrbio no sistema elétrico afetando sua confiabilidade. Portanto, procedimentos definidos de operação são acompanhados de rotinas simples e eficazes tais como:
  • Verificar se o equipamento ou linha esta realmente desenergizada ou não;
  • Delimitação da área de trabalho;
  • Identificação adequada dos conjuntos de aterramento;
  • Execução correta do aterramento;
  • Coordenação perfeita entre o encarregado de manutenção e a operação.


5)      Veículos em áreas energizadas

A circulação de veículos dentro de áreas de alta tensão em serviço só deve ser feita quando for absolutamente indispensável, tomando-se as medidas de segurança necessárias, respeitando-se as distâncias mínimas regulamentadas em relação aos pontos mais próximos com tensão, pelas vias sinalizadas e demarcadas, evitando as canaletas, com velocidade máxima de 20 km/h.

Todo o veículo ou equipamento estacionado em área energizada e em uso durante os serviços de manutenção deverá ser aterrado.

Não deverá ser manuseado líquido inflamável dos veículos no interior da área energizada, nem mesmo abrir a tampa do próprio reservatório, para evitar-se risco de ignição dos vapores combustíveis.

6)      Condições Gerais de Segurança

Para comunicação no pátio da Instalação em área energizada, somente utilizar transceptores portáteis VHF (Walk Talkie) dotados de antenas curtas, com cobertura isolante.

A permanência no pátio é restrita as necessidades de serviço, sendo as vias de circulação demarcadas usadas para os deslocamentos.

Todos os empregados que vierem a desenvolver suas atividades em subestações devem ser treinados e periodicamente reciclados em Prevenção de Acidentes e Primeiros Socorros, compreendidos dentro da NR 10.

Qualquer trabalho dentro de uma subestação deverá sempre ser realizado por, no mínimo, 2 pessoas, respeitando a NR10.




Por fim, um vídeo mostrando a abertura de chave seccionadora de 525 kV em condições normais de operação:



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