sexta-feira, 13 de maio de 2011

Android@home

Enquanto muitos na conferência Google I/O pensavam que as grandes novidades seriam pautadas  em torno de melhoramentos no Honeycomb (Android 3.0) e smartphones, tablets e outros do gênero, a Google surpreendeu a todos com o anúncio de seu Android@home. A mensagem sugere que o futuro do sistema operacional Android da Google girará em torno deste sistema, projetado para integrar dispositivos domésticos via protocolos de autoria da Google e APIs. Android@home conectará dispositivos Android do usuário a outros appliances em casa via uma suite de novos serviços que serão lançados nos próximos meses.
O conceito por trás do Android@home não é necessariamente novo, a casa conectada em suas muitas interações já aconteceu e nunca foi realmente bem sucedido nos últimos dez anos. Não se trata de uma questão tecnológica, mas a falta de usabilidade e de compatibilidade entre diferentes dispositivos providos por uma infinidade de fornecedores. Talvez seja necessário uma liderança como a Google para direcionar estas tecnologias em torno de uma solução aceitável para os usuários, através de um ecossistema de dispositivos, software e serviços. Entretanto, mesmo a Google percebe que a automação residencial não pode ser atingida por uma iniciativa isolada, então promete-se alianças com várias lideranças no segmento. Uma destas empresas é a Light Science, o qual lançará uma série de produtos de iluminação wireless. O objetivo da Google é que cada dispositivo em casa usado na rotina doméstica, de interruptores a máquinas de lavar, estejam conectados a aplicações Android no seu smartphone ou tablet.




Há alguma controvérsia nesta proposta? Em primeiro lugar, a Google decidiu não usar protocolos já existentes. Ao invés disso, desenvolveu seu próprio protocolo wireless e o framework que permite ao Android descobrir, conectar e se comunicar com os appliances elétricos em casa. Em outras palavras, é um protocolo proprietário, que tende a ser aberto num futuro próximo. Entretanto, nenhuma nota foi dada quando e como isto acontecerá. Outra questão será a aliança fechada com o Google da cadeia de empresas de automação residencial. Isto provocará uma competição entre ecossistemas de diferentes tecnologias como DLNA e ZigBee, que poderá ser saudável, ao mesmo tempo que poderá causar fragmentação excessiva e confusão para os clientes finais. Mas a grande questão é: será que os usuários finais aceitarão ou desejarão ter a Google em suas casas, rastreando cada movimento? A empresa já sabe o que você gosta de buscar e onde você vai, e agora conhecerá que música você ouve e quando você lava suas roupas. 


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