Comentário: A meu ver, para um empreendimento deste ter sucesso, ele precisa superar dois desafios:
- Questão da Escala: Para que o custo se torne razoável, a exemplo do que já foi conseguido pelo seleto grupo de países citados no artigo, além de soluções inovadoras, proponente do projeto deve internacionalizá-lo, não apenas focar no mercado interno, pois a competitividade da indústria automobilística é fortemente condicionada à escala. Como exemplo, uma peça para um lote pequeno, por exemplo, até milhares de carros por ano, pode custar uns R$ 1.000,00. Para uma escala de milhões de carros-ano, o preço cai para uns R$ 60,00. Por isso, se for pensar apenas no mercado interno, estará fadado ao insucesso.
- Política pública: Enquanto não houver uma política pública de energia consistente, nada de carro elétrico do Brasil. Afinal, nosso governo, que vinha patrocinando fortemente os biocombustíveis no mundo, de repente mudou sua orientação após a descoberta do pré-sal. Alguém aqui continua abastecendo seu automóvel com etanol? A mensagem é clara: o governo e seu projeto político tem enorme interesse em queimar todos estes hidrocarbonetos guardados a muito tempo na nossa plataforma continental. F$#a-se o meio ambiente. Tanto que um dos setores mais aquecidos da economia nacional é o de Petróleo & Gás (e o será por uns 50 anos), a despeito de estarmos na contramão do mundo, que está preocupado em em substituir o modelo energético dos hidrocarbonetos por tecnologias limpas. Pode ser que o governo esteja apostando no ouro de tolo. Enquanto isso, nada de Nissan Leaf ou Toyota Prius, bem como carro elétrico autóctone.
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