Como então viabilizar a fabricação local para que tenha custos globais competitivos? A chave para isto é diminuir a interferência humana na manufatura, podendo ser alcançada através de:
- Projeto de produto orientado à produção, tendo como meta a redução da atividade humana nas linhas de montagem - isto acarreta na diminuição da distância física entre P&D e produção;
- Substituição do trabalho humano por robôs, que estão cada vez mais capazes e menos caros;
- Agilidade no lançamento de produtos para se antecipar à chegada de similares vindos da Ásia, que levam mais tempo para chegar no mercado.
Não se restringindo a este campo, hoje um desenvolvedor de software necessita cada vez mais entender da parte física, pois as aplicações do futuro serão aquelas que interagem com o ambiente através de sensores, como acontecem com certos Apps do Iphone/ Ipad que usam acelerômetros, magnetômetros, câmeras, GPS, etc., aquilo que vem sendo chamado de "sensorconomy".
Embora o post foi voltado para a realidade ianque, bem pertinho de nós temos um exemplo de iniciativa para viabilização da indústria eletrônica na região, nos moldes desta tendência: o Labelectron. Inclusive, pode-se refletir se aqui no Brasil não poderíamos ter a estrutura de pesquisa, desenvolvimento, inovação e fabricação competitiva para atender as demandas dos países ocidentais, uma vez que a proximidade com estes mercados nos daria a vantagem logística frente aos asiáticos. Para tanto, nossos governantes precisam fazer o dever de casa, dando prioridade para as políticas educacionais, industriais e de infraestrutura.
Interessante notar como os americanos valorizam a atividade fabril, a despeito de toda a linha que defende que "aos americanos deve ficar com o trabalho intelectual, mais rentável, deixando os asiáticos com o trabalho braçal". A maioria deles acredita, no entanto, que boa parte da liderança inovativa dos EUA se deve ao alinhamento entre P&D e produção. E que nem todos terão a oportunidade de sentar nos bancos das faculdades e desfrutarem dos "altos ganhos" do trabalho intelectual. O resultado está aí, os índices de desemprego nos EUA.
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